15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Febre de origem obscura

Introdução/Fundamentos

A febre de origem obscura é definida como uma temperatura > 38.3 °C em várias
ocasiões com duração maior que três semanas, sem diagnóstico após sete dias de investigação
hospitalar ou tempo necessário para serem realizados os procedimentos inicias indicados para
o caso.

Objetivos

Descrever um caso de febre de origem obscura baseado em características
clinicas e laboratoriais pouco específicas para definição diagnóstica.

Caso

Trata-se de um estudo observacional do tipo relato de caso, desenvolvido a partir
da observação clínica e revisão de prontuário. Paciente sexo masculino, 55 anos apresentando
quadro de febre há três meses associada a calafrios, cefaléia frontal, fotofobia, tosse seca e
perda ponderal de 6 kg. Exame físico constata-se trombo hemorroidário grau 3 e ausência de
nódulos palpáveis ou massas. Realizados exames laboratoriais, evidenciando bicitopenia com
hemoglobina de 7.3g%, leucócitos 3.000 mil/mm3, neutropenia 1.320 /µL, coombs indireto
não reagente, sorologias negativas e enzimas hepáticas tocadas. Ecocardiograma sem
alterações; fundoscopia demonstrando vasos discretamente tortuosos. Encaminhado à
reumatologia e iniciado tratamento para Arterite de células gigantes. Nova internação após
nove dias da alta, com queixa de fraqueza e prostração após interrupção abrupta de
corticoterapia. Realizada TC com contraste, evidenciando derrame pleural bilateral e
pericárdico associado à linfonodomegalia retroperitoneal. Indicado biópsia excisional fechando
diagnóstico de Linfoma. Os linfomas são tumores sólidos com origem no tecido linfóide
normal, divididos em Hodking ou não Hodking. A manifestação clínica mais comum é o
surgimento de adenomegalias indolores com consistência endurecida, que podem ser
localizadas ou disseminadas. Para diagnosticar o tipo de linfoma, biópsia excisional é
recomendada. Nosso paciente recebe alta aguardando resultado de imunohistoquímica não
sendo iniciado tratamento especifico para a doença, porém o mesmo evolui para óbito.

Conclusões/Considerações finais

Este paciente chama atenção em relação à provável diagnóstico tardio pela
evolução clínica com sintomas clássicos, chamados sintomas B: emagrecimento, febre
vespertina e sudorese noturna, porém inespecíficos para a doença em si. A análise
imunohistoquímica precoce nos permitiria início de terapêutica mais rápida e com sucesso de
acordo com o tipo de Linfoma.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Autores

Alyne Simões e Silva, Lais Ribeiro Lacerda, Elizabeth da Silva Marques de Oliveira, Raiane Fonseca Silva Herdy, Sthefany Maria Viana Ferreira