15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Trombose aguda de stent farmacológico em angioplastia de coronária direita: relato de caso

Introdução/Fundamentos

O índice de trombose aguda de stent farmacológico é menor que 1%, e a principal causa (80%) é a dissecção da íntima secundária ao barotrauma. Apenas 20% das situações, são por trombose isolada.

Objetivos

Relatar o caso de uma paciente submetida à angioplastia com stent farmacológico de coronária direta (CD) evoluindo com complicação rara, trombose aguda isolada do stent.

Caso

AP, 70 anos, mulher, hipertensa, diabética e com hipotireoidismo, admitida com descontrole pressórico (220X120 mmhg), epigastralgia e cefaléia. Realizou-se eletrocardiograma (ECG), evidenciando bloqueio de ramo direito intermitente, e enzimas cardíacas com discreto aumento de troponina. Em seguida, realizou-se terapia para controle da PA e estratificação de doença arterial coronariana (DAC). No seguimento, solicitou-se Cintilografia Miocardica demonstrando perfusão miocárdica preservada, hipomotilidade da parede inferior e discinesia septal. Nas evoluções clínicas familiares relataram que a paciente havia feito uma estratificação de DAC há 11 anos que indicou, naquela época, terapia com angioplastia, não sendo realizada. A paciente foi submetida a uma Cineangiocoronariografia que evidenciou CD dominante com lesão de 90% em terço proximal e 60% em terço médio. No mesmo procedimento, realizou-se angioplastia com implante de 1 stent farmacológico na porção próxima da CD, evoluindo com trombose aguda. Outro stent foi implantado distalmente ao primeiro que resolveu a trombose por segundos, e uma nova trombose ocorreu. Nesse momento, colocou-se o terceiro stent, havendo o mesmo desfecho dos outros dois. Decidiu-se fazer trombolítico intracoronariano que, por fim, resolveu a trombose, mas a paciente evoluiu com parada cardiorrespiratória, devidamente revertida. O Ecocardiograma pós procedimento, apresentou fração de ejeção de 55%, acinesia basal inferior e função diastólica com padrão de relaxamento alterado. A paciente evoluiu com bom estado geral e recebeu alta com dupla antiagregação plaquetária.

Conclusões/Considerações finais

O caso relatado traz à luz a discussão de uma complicação de baixa frequência na literatura, cuja ocorrência necessita de uma ação rápida como uso de trombolítico via intracoronariana. Medida esta, de última escolha pelo alto risco de hemorragia. Embora essa complicação potencialmente fatal ocorra em uma minoria de casos, ainda assim, a angioplastia consegue obter resultados satisfatórios e duradouros quanto ao alívio sintomático e melhoria da qualidade de vida.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Instituições

Uniatenas - Minas Gerais - Brasil

Autores

Carolina Limongi de Oliveira, Tássia Silva Fidélis, Andressa Barcelos Costa, Nicolle de Oliveira Galvão Chadud Leite, Sara Nunes de Brito