Dados do Trabalho

Título

Qualidade Do Uso Dos Dispositivos Inalatórios Nos Pacientes Com Doença Pulmonar Do Ambulatório Acadêmico Do Hospital Nossa Senhora Da Luz Em Curitiba/PR

Fundamentação/Introdução

Asthma therapy. COPD therapy. Inhalation devices. Pulmonary disease.

Objetivos

Introdução/Fundamentos: A asma é uma doença respiratória crônica e, em geral, associada à hiperresponsividade das vias aéreas a estímulos diretos ou indiretos. Ela e a DPOC afetam a vida de parte da população e refletem problemas na Saúde Pública. Os fármacos equipados por inaladores são a base do tratamento no controle e prevenção dos sintomas de ambas doenças. Além da adesão a terapia, outro pilar no controle da doença é o uso correto do dispositivo inalatório, até porquê, estima-se que 90% dos usuários dos dispositivos apresentam técnicas incorretas durante seu uso. Logo, é necessário que os profissionais da saúde orientem e reforcem o manejo correto dos inaladores aos pacientes.

Delineamento e Métodos

Objetivos: Avaliar a técnica de uso dos dispositivos inalatórios em pó (DIP) e pressurizado (DIPr) prescritos a pacientes com asma, DPOC e outras doenças, atendidos no hospital-escola. Além de orientar o manejo ideal dos inaladores, em pacientes com dificuldades.

Resultados

Delineamento/Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, observacional e transversal. Foi elaborado um questionário de caráter objetivo, baseado nas etapas descritas nas bulas de inaladores (seis etapas para os DIP e sete para os DIPr). Então, solicitou-se que o paciente demonstrasse como utilizava a medicação e os pesquisadores avaliaram-na. Como a observação tem caráter subjetivo, fez-se uma capacitação de conhecimento aos aplicadores do checklist.

Conclusões/Considerações finais

Resultados: Avaliou-se 54 voluntários: 33 asmáticos, 15 com DPOC e 6 com outras doenças. A idade média foi de 63,09 anos (±11,3), 56% eram mulheres e 74% tinham 60 anos ou mais. Com relação ao dispositivo utilizado, 36 utilizavam o DIPr, 30, o DIP e 11, ambos. Destes, cinco pacientes utilizaram de maneira correta o DIP e apenas um o DIPr, acertando todas as etapas do processo. Houve maior percentual de erros entre os pacientes idosos em relação aos com < 60 anos em ambos dispositivos, mas sem significância estatística (p=0,221 – DIP e p=0,153 – DIPr). Nos pacientes que faziam uso de apenas um dispositivo, a maior porcentagem de erros observada foi naqueles que utilizavam o dispositivo em pó (p=0,001).

Palavras-chave

Conclusões/Considerações finais: São raros os pacientes que conhecem o manejo dos inaladores, haja vista que 89% dos pacientes os usaram de maneira incorreta, o que acarreta em menores taxas de controle dos sintomas do doente. Tais achados devem encorajar os profissionais da saúde a ensinar e demostrar regularmente a técnica de uso dos dispositivos inalatórios aos pacientes.

Área

Clínica Médica