15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DO PERFIL LABORATORIAL E DE QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES PORTADORES DE HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO RESULTANTE DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA DIALÍTICA SUBMETIDOS A PARATIREOIDECTOMIA TOTAL COM AUTOENXERTO EM ITAJAÍ

Fundamentação/Introdução

A paratireoidectomia (PTX) total com autoenxerto (AE) é uma das técnicas cirúrgicas mais utilizadas nos pacientes com hiperparatireoidismo secundário (HPS) decorrente da doença renal crônica (DRC).
A DRC leva a distúrbios homeostáticos do fósforo (P) e do cálcio (Ca), e o aumento da concentração plasmática desses elementos aumenta a morbimortalidade desses pacientes. Sabe-se que o tratamento cirúrgico do HPS é capaz de diminuir significativamente o risco de morte por causas cardiovasculares e de melhorar a qualidade de vida dos pacientes com doença mineral óssea causada pela DRC.

Objetivos

Avaliar os pacientes submetidos à PTX total + AE devido ao HPS por DRC em Itajaí, avaliando perfil epidemiológico dos pacientes, o perfil laboratorial pré e pós-cirúrgico e qualidade de vida pelo questionário SF-36.

Delineamento e Métodos

Estudo retrospectivo de coorte com pacientes submetidos à PTX total + AE para tratamento do HPS e avaliação transversal da qualidade de vida desses pacientes através da aplicação do questionário SF-36 que completaram um ano de pós-operatório (PO) até 31 de dezembro de 2017.

Resultados

Participaram do estudo 7 pacientes, em que idade variou de 19 a 64 anos, sendo 71,4% entre 19 a 44 anos. 85,7% do sexo masculino, 71,4% brancos, 14,3% pardos e 14,3% negros. A principal causa da DRC foi a hipertensão arterial sistêmica (57,1%), sendo outras refluxo vesico-ureteral e rins policísticos. Prevaleceu indicação cirúrgica em pacientes com 5 anos ou mais de diálise, em 85,7% dos casos.
71,4% estavam em uso de Cinacalcet e Ca oral no pré-operatório (PeO), 57,15% quelante de P e 42,9% vitamina D. Após 12 meses do PO, zero pacientes em uso de Cinacalcet, 85,7% usavam Ca, 42,9% quelante de P e 85,7% vitamina D.
A média do PTH PeO encontrada foi de 1519,6 pg/mL (511,0-3000,0) e desvio-padrão (DP) de 844,0. Após 6 meses de PO, 233,2 pg/mL (4,7-825,0) e 337,3 (DP), após 12 meses, 155,3 pg/mL (0,0-723,0) e 256,7 (DP).
Os valores de Cálcio Total (CaT) no PeO foram média de 8,8 mg/dL (7,5-9,7) e 0,8 DP. Após 6 meses, média 8,6 mg/dL (7,6-10,4) e DP de 1,0. Em 12 meses, média 8,0 mg/dL (5,8-11,8) e DP de 2,0.
A média de vitamina D no PeO foi 27,4 ng/mL e DP de 7,1. Em 6 meses, 31,3 ng/mL (DP 12,2). 12 meses, 27,4 (DP 14,8).
No questionário SF-36, o resumo dos Componentes Físicos foi de 77,9 (55,5-86,8) o resumo dos Componentes Mentais, 80,6 (72,2-89,2).

Conclusões/Considerações finais

Os valores médios de PTH, CaT, P e 25OHD atingiram valores da literatura e atingindo escores elevados de componentes físico e mental do questionário SF-36.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ - Santa Catarina - Brasil

Autores

Guilherme FERREIRA ZONTA, Gabriela BORGES, GUSTAVO NUNES BENTO, Marcelo BELLI