15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

MIELOMA MÚLTIPLO: UM RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

O Mieloma Múltiplo (MM) é uma neoplasia progressiva de células B caracterizada pela proliferação desregulada e clonal de plasmócitos, que produzem e secretam imunoglobulina monoclonal ou proteína M. Suas consequências fisiopatológicas incluem: destruição óssea, falência renal, supressão da hematopoese e aumento do risco de infecções.

Objetivos

Relatar o caso de uma paciente hipertensa que foi diagnosticada com MM após dar entrada na emergência de um hospital em São José do Rio Preto/SP com queixa principal de náusea.

Caso

AMN, feminino, negra, 57 anos, hipertensa, deu entrada no serviço de emergência em outubro/2017 com queixa de náusea associada à astenia intensa, hiporexia, calafrio, cefaleia, urina espumosa e um episódio de epistaxe. Negou febre, vômito e oligúria. Ao exame físico: descorada 2+/4+, levemente taquipneica e pressão arterial de 149/75 mmHg. Solicitado exames laboratoriais na admissão com as seguintes alterações: Creatinina 17,6 mg/dL, Ureia 158 mg/dL, Potássio 6,3 mml/L, Hemoglobina 8,5 g/dL, Cálcio Total 8,3 mg/dL, Fósforo 8,2 mg/dL, Proteinúria 2+/4+, Hemoglobinúria ++/4+ e Leucocitúria 95800/mL. Paciente foi internada para diálise e segmento diagnóstico. Posteriormente realizada Eletroforese de Proteínas – que demonstrou aumento de proteínas totais, de alfa 1 globulina e de gama globulina; Imunofixação com presença de proteína monoclonal IgG/kappa e cadeia leve kappa isolada; Imuno-histoquímica positiva para kappa (2+/4+), em túbulos; e, anatomopatológico de biópsia renal que confirmou MM em rim com alterações crônicas em grau moderado. Iniciado tratamento com VTD (velcade, talidomida, dexametasona) sem efeitos colaterais, em novembro/2017; tendo realizado transplante de células-tronco hematopoéticas autólogo em julho/2018. No momento faz hemodiálise para tratamento de Doença Renal Crônica estágio V e segue com o esquema VTD.

Conclusões/Considerações finais

A paciente em questão se enquadra nos padrões conhecidos e registrados pela Sociedade Brasileira de Hematologia, sendo o MM mais frequente em mulheres acima dos 50 anos e apresentando astenia como um dos principais sintomas. A injúria renal (IR) associada também entra nas complicações mais comuns e tem grande importância clínica e epidemiológica, visto que, de acordo com literaturas revisadas, 23,4 % dos pacientes apresentam IR ao diagnóstico e até 50% deles, com a evolução da doença.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Instituições

FACERES - São Paulo - Brasil

Autores

HELENA ROHDEN SERAFIM, HENRIQUE GARDIM ABBADE, BRUNA CORTEZ FERREIRA