15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ABSCESSO CERVICAL PROFUNDO: RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

O abscesso periamigdaliano, se não tratado corretamente, pode se propagar se forma direta gerando o abscesso cervical profundo que é um quadro infeccioso é de controle difícil, especialmente quando existe progressão da coleção para outros espaços cervicais ou torácicos. A importância da suspeita e do diagnóstico precoce do acometimento mediastinal, visto que tem alta mortalidade.
A mediastinite aguda mostra-se mais prevalente no sexo masculino, tem vários fatores que aumentam o risco de se desenvolver, tais como tabagismo e diabetes mellitus. É fundamental assegurar-se a permeabilidade da via aérea, além de usar antibioticoterapia e drenar as áreas acometidas.

Objetivos

Relatar um caso de complicação de abscesso periamigdaliano.

Caso

R.N.S, 45 anos, sexo masculino, interna com quadro iniciado há 3 dias de odinofagia e disfonia associados à febre, com evolução nos últimos dias com abaulamento da região cervical esquerda e eritema torácico. À oroscopia, apresentava trismo, abaulamento do palato à esquerda e exsudato. Solicitada TC de seios da face e tórax com suspeita de abscesso cervical profundo com mediastinite concomitate ao início de Piperacilina-Tazobactam e Vancomicina. TC de região cervical evidenciou aumento das partes moles da região cervical ântero-lateral esquerda com presença de extensa infiltração dos planos musculo-adiposos superficiais e profundos associada a presença de coleção líquida no espaço submandibular esquerdo até o espaço paramediano esquerdo da fossa supraclavicular esquerda, junto ao mediastino ântero-superior e inflitração de mediastino limitado pela fáscia torácica. À nasofibrolaringoscopia evidenciou via aérea preservada. Avaliado por equipe da cirurgia torácica devido a abscesso cervical profundo com possível mediastinite, que orientou manutenção de conduta pois infiltrado não ultrapassava fáscia endotorácica. Realizada drenagem de abscesso cervical sob anestesia local, além de incisão de abaulamento em espaço periamigdaliano esquerdo e acrescentado Clindamicina ao tratamento e mantida conduta de observação cuidadosa de quadro de mediastinite. Realizada nova drenagem de abscesso cervical esquerdo em bloco cirúrgico. Após manutenção de antibioticoterapia por 18 dias, paciente evolui com melhora do quadro clínico e recebe alta hospitalar.

Conclusões/Considerações finais

O abscesso periamigdaliano por si só já é uma complicação incomum, que pode evoluir para uma mediastinite se não tratada corretamente. Por isso, esses casos não devem ser subestimados.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Autores

Carolina Disconzi Dallegrave, Iazmim Samih Hamed Mohd Houdali, Mariele Bressan, Vanessa Gehrke, Guilherme Kasperbauer, Maria Carolina Wensing Herdt