15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Análise epidemiológica da Hipertensão Arterial Sistêmica em cidades do Oeste Paulista

Fundamentação/Introdução

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um importante problema de saúde pública devido à sua alta prevalência, baixas taxas de controle e associação com complicações cardíacas e cerebrovasculares, tornando-se necessária a avaliação epidemiológica dos portadores dessa doença.

Objetivos

O objetivo do presente estudo é identificar a prevalência de hipertensão arterial sistêmica em adultos e idosos no Oeste Paulista e avaliar o perfil sociodemográfico e fatores de risco nos indivíduos hipertensos.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo observacional, descritivo e retrospectivo baseado na análise de dados coletados em projetos de extensão universitária. Os participantes das extensões eram convidados a responder uma ficha de atendimento com as seguintes informações: sexo, idade, peso, altura, presença ou não de hipertensão, sedentarismo, uso de medicação, histórico familiar de hipertensão e realização de exercícios físicos e dieta. Para a obtenção das medidas antropométricas (peso e estatura) foram utilizadas as técnicas recomendadas pela OMS. Além disso, os participantes tinham a pressão arterial aferida. A classificação de peso foi definida segundo o IMC, com os valores propostos pela OMS. Para a tabulação dos dados encontrados, foi utilizado o programa Microsoft Excel. A análise estatística foi baseada em medidas descritivas, distribuição de frequências e os testes Qui-Quadrado e T-student.

Resultados

A prevalência da HAS identificada neste estudo foi elevada (35,8%), sendo mais prevalente nas mulheres, com 56,9% do total de hipertensos. Não houve associação significativa entre hipertensão e sedentarismo (p=0,709) e realização de atividades físicas e dieta entre hipertensos e valores elevados de pressão arterial (p=0,128 e p=0,575), mas obesidade (p=0,01), histórico familiar de hipertensão (p=0,055), uso de medicação (p<0,01) e uso de medicação com valores elevados de pressão arterial (p<0,01) associaram-se significativamente.

Conclusões/Considerações finais

O levantamento da prevalência da HAS e sua associação com outros fatores de risco cardiovasculares possibilitaram conhecer o perfil de saúde da população em questão, identificando-se a necessidade de maiores investigações em relação ao seguimento terapêutico e desenvolvimento de ações para reduzir obesidade, melhorar alimentação e atividade física.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Oeste Paulista - São Paulo - Brasil

Autores

Leonardo Sambinelli Garcia, Lucas Cavalcanti dos Santos, Luciana Alvares Calvo Penha, Cláudia Alvares Calvo Alessi