15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Avaliação da acuidade visual em cidades do Oeste Paulista

Fundamentação/Introdução

A visão é considerada o sentido mais importante para a integração do homem com o meio em que vive. A acuidade visual é a capacidade que o olho possui de diferenciar os detalhes do espaço e reconhecer a distância entre dois pontos. A forma mais simples de diagnosticar um déficit visual é através da avaliação da acuidade visual pela Escala Optométrica de Snellen. Caso haja alteração de acuidade visual, o examinado deve ser encaminhado a um serviço especializado para a realização de exames oftalmológicos específicos.

Objetivos

O presente estudo tem como objetivo avaliar a prevalência de baixa acuidade visual em moradores de cidades do Oeste Paulista, associando-a a possíveis sintomas apresentados pelos participantes.

Delineamento e Métodos

Estudo retrospectivo baseado na análise de dados coletados em extensões universitárias realizadas em cidades do Oeste Paulista nos anos de 2017 e 2018. Antes da realização do exame, os participantes preenchiam uma ficha de atendimento com data, nome, sexo e idade. Além disso, deveria informar se já realizou exame oftalmológico prévio e se apresentava alguma queixa de visão no momento da avaliação. A acuidade visual foi avaliada pela Escala Optométrica de Snellen. Considerou-se normal a acuidade visual superior a 0,7, estabelecendo-se como déficit de acuidade visual valores iguais ou inferiores a este, de acordo com critérios propostos pela OMS. Para a análise das fichas de atendimento e tabulação dos valores de acuidade visual encontrados, foi utilizado o programa Microsoft Excel.

Resultados

Do total de 133 participantes avaliados, verificou-se que 82 (61,6%) pertenciam ao sexo feminino. A idade dos participantes variou de 8 a 86 anos. Da amostra total de participantes, 48 (36%) apresentaram baixa acuidade visual pela escala optométrica de Snellen, sendo orientados a realizarem exame médico-oftalmológico. Dentre os participantes com baixa acuidade visual, 16 utilizavam óculos, sendo que 7 apresentaram baixa acuidade no olho direito, 9 no olho esquerdo e 2 em ambos os olhos. Dentre os participantes com baixa acuidade visual, a faixa etária que mais apresentou alteração de acuidade visual foi a de 20 a 40 anos e o sexo mais acometido foi o feminino. Em relação às queixas visuais apresentadas pelos participantes, foram relatadas dor ocular, prurido, lacrimejamento e hiperemia. Ao todo, 10 participantes (11,7%) com acuidade visual normal e 31 (64,5%) com baixa acuidade apresentavam sinais e sintomas oculares, sendo que alguns possuíam mais de uma queixa.

Conclusões/Considerações finais

Tendo em vista a importância da visão para o desenvolvimento cognitivo e aquisição de informações e a alta prevalência de baixa acuidade visual encontrada no estudo (36%), é necessária a realização abrangente de testes de triagem oftalmológicos na população, para que seja possível a detecção precoce de doenças e, com isso, possam ser realizadas medidas terapêuticas.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Oeste Paulista - São Paulo - Brasil

Autores

Lucas Cavalcanti dos Santos, Luciana Cavalcante Oliveira da Silva, Vitória Bezerra da Silva, Luciana Alvares Calvo Penha, Cláudia Alvares Calvo Alessi