15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

O USO DO PROTOCOLO FAST E FAST-EXTENDIDO NA EMERGÊNCIA PARA AVALIAÇÃO DE PACIENTES COM TRAUMA TÓRACO-ABDOMINAL

Fundamentação/Introdução

O protocolo FAST consiste em um exame ecográfico, não invasivo à beira do leito, que visa detectar rapidamente o líquido intra-abdominal. Já o FAST-Estendido (E-FAST) amplia a avaliação do paciente, antes restrita à cavidade abdominal e cardíaca, para a cavidade torácica.

Objetivos

Desenvolver uma revisão sobre a ultrassonografia para trauma (FAST e FAST-Estendido), para avaliar a eficácia, limitações, aprendizado e os aspectos técnicos da aquisição de imagem.

Delineamento e Métodos

Revisão sistematizada da literatura, conduzida nas bases de dados MEDLINE-NLM, MEDLINE-EBSCO, Scopus da Elsevier, SciELO e Cochrane Library. Foram incluidos ensaios clínicos randomizados publicados no período de 2010 a 2018 e revisões sistemáticas com meta-análise. Analisou-se informações quanto aos autores, ano, método e resultados. Em sequência, procedeu-se estudo frente o referencial teórico.

Resultados

O exame FAST vem ganhando popularidade por ser acessível e portátil. Nas instituições que adotaram seu uso notou-se uma redução significativa no uso de Tomografia Computadorizada (TC) em trauma, diminuindo os custos totais e a exposição à radiação. Ademais, em um estudo com 120 pacientes, o FAST foi particularmente útil nos casos com evidência de líquido livre peritoneal e instabilidade hemodinâmica; entretanto, apenas 21% dos traumatizados graves tiveram o exame realizado na admissão. Apesar disso, torna-se limitado na presença de obesidade, lesão abdominal sem hemoperitônio, ascite não-traumática, derrame pericárdico preexistente e cistos ou massas intra-abdominais. Já o E-FAST inclui o exame do tórax, com o intuito de avaliar anteriormente a presença de pneumotórax e nos flancos o hemotórax. Entretanto, possui como limitação incapacidade de diagnosticar patologia aórtica traumática. Adicionalmente, verificou-se que a capacidade de aprendizado em 2 semanas após uma breve apresentação E-FAST (10-50 min) foi apenas de 12%.

Conclusões/Considerações finais

Percebe-se que os protocolos FAST e E-FAST, apesar de serem de baixo custo e úteis na avaliação, ainda não são muito utilizados nos serviços. Contudo, a melhor forma de aprender e de ser capaz de atuar de forma proficiente com os protocolos ainda não foi claramente definida, mas aliar um melhor estudo de padrões de imagem básica de ultrassom e os princípios fisiológicos podem melhorar o aprendizado.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Instituições

Centro Universitário de João Pessoa - Paraíba - Brasil, Faculdade de Medicina do Juazeiro - Ceará - Brasil, Universidade Federal do Pernambuco - Pernambuco - Brasil

Autores

Larissa Edilza de Lima, Thaynara Sarmento Oliveira de Almeida, Polyana Maria Cruz Collaço, Salomão Nathan Leite Ramalho, Thassiany Sarmento Oliveira de Almeida