Dados do Trabalho

Título

Revisão sistemática do uso do GABA como possível biomarcador para a depressão e suicídio

Fundamentação/Introdução

Segundo a OMS, a depressão afeta cerca de 322 milhões de pessoas no mundo, além de crescentes índices de suicídio globais, gerando transtornos em grande escala. Atualmente o diagnóstico da depressão é clínico e a ideação suicida é uma notificação compulsória (DSM-5, 2017), (BRASIL, 2012). Entretanto, estudos mostram que podem ser feitos exames laboratoriais para diagnóstico de TDM (MANN, 2014) , (YIN,2016).​

Objetivos

Analisar a eficiência do GABA como um marcador para auxiliar o diagnóstico de depressão e prevenir o suicídio

Delineamento e Métodos

Trata-se de uma revisão sistemática sobre o ácido gama-aminobutiríco (GABA) e seus receptores como potenciais biomarcadores para o Transtorno Depressivo Maior e suicídio. Foram feitas coletas de dados nos portais PUBMED, SCIELO, BVS, LILACS, entre os anos 2010 a 2019, por meio dos descritores “GABA”, “DEPRESSION”, “SUICIDE”, “BIOMARKERS” e “PLASMA” em associação, encontrando 222 artigos, sendo selecionados 25 trabalhos, incluindo os que apresentaram associação entre os descritores no texto, trabalhos feitos in vivo, análise de plasma e líquido céfalo raquidiano (LCR) e post mortem.

Resultados

Os resultados obtidos foram agrupados em três grupos: 1 -concentração e atividade cerebral do gaba por meio da ressonância magnética mostrou que não houve discrepâncias entre grupos controle e pacientes com TDM; 2- o grupo que relaciona a concentração do GABA no plasma e LCR evidenciou que são encontrados baixos níveis de GABA no grupo com TDM em relação ao grupo saudável.; 3- o grupo relacionado à atividade gabaérgica em tecidos cerebral em estudos post-mortem: observa-se que a expressão de RNAm dos receptores GABA estão diminuídas na amigdala e hipocampo e, o receptor GABAa-gama 2 (GABARG2) tinha baixa expressão nos casos de suicídio post-mortem e havia evidência para associá-lo à morte por suicídio

Conclusões/Considerações finais

Os resultados obtidos evidenciam que existe uma diferença de densidade celular e na concentração do GABA entre o cérebro de pessoas diagnosticadas com TDM e ideação suicida e pessoas saudáveis. Os dados apurados demonstram que a concentração dos metabolitos do GABA plasmáticos têm alta sensibilidade e especificidade mediana para correlação com o TDM. A influencia da expressão genica em polimorfismos dos receptores GABA indicam que suas alterações podem ser associadas à morte por suicídio em pacientes post-mortem.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica