15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

TENDÊNCIA TEMPORAL DE MORTALIDADE POR DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA EM ADULTOS E IDOSOS NO BRASIL NO PERÍODO DE 1998 A 2016

Fundamentação/Introdução

As Doenças Respiratórias Crônicas estão entre as principais doenças crônicas não transmissíveis, representando cerca de 7% da mortalidade mundial, e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) se configura um exemplo dessas doenças.
Trata-se de uma doença comum, prevenível e tratável, caracterizada por sintomas respiratórios persistentes e pela limitação do fluxo de ar. Embora seja uma doença subdiagnosticada, possui condição de crescente prevalência e mortalidade. Estima-se que até 2020 venha a ser a terceira maior causa de mortalidade mundial.

Objetivos

Analisar a tendência temporal de mortalidade por Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) em adultos e idosos no Brasil no período de 1998 a 2016.

Delineamento e Métodos

Estudo ecológico de séries temporais de mortalidade por DPOC no Brasil. Dados obtidos do Sistema de Informação de Mortalidade, disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Realizada análise estatística por regressão linear simples, p<0,05. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa.

Resultados

Tendência estacionária, com 58,44 óbitos/100.000 habitantes em 1998 e 59,25 óbitos/100.000 habitantes em 2016.
O sexo masculino apresentou as maiores taxas, com 74,23/100.000 habitantes em 1998 e 70,42/100.000 habitantes em 2016, redução de 0,533 na taxa ao ano (p=0,006). Já, o sexo feminino apresentou tendência de mortalidade estacionária. No sexo masculino, tendência de redução da mortalidade a partir de 40 anos até 79 anos e, no feminino, na faixa etária entre 40-49 anos com decréscimo de 0,054 na taxa ao ano (p<0,01) demais faixas etárias com tendência estacionária.
As regiões Sul e Sudeste apresentaram as maiores taxas no período (p<0,001). As demais regiões apresentaram tendência de aumento, sendo a região Nordeste a de maior incremento no período.

Conclusões/Considerações finais

Tendência estacionária de mortalidade geral por DPOC no Brasil. O sexo masculino apresentou maiores taxas de mortalidade e tendência de redução. No sexo feminino, as taxas tendem à estabilidade. As regiões Sul e Sudeste apresentaram as maiores taxas de mortalidade com as maiores reduções, as demais regiões apresentaram tendência de aumento no período analisado.

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Santa Catarina - Brasil

Autores

GABRIELA LONGHI REINER, FABIANA OENNING DA GAMA, DANIEL VIGNARDI, BÁRBARA OENNING DA GAMA, PATRÍCIA SOARES OLIVEIRA DOS SANTOS