15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

HEPATO E NEFROTOXICIDADE FRENTE À EXPOSIÇÃO CRÔNICA VIA INALATÓRIA E VIA ORAL AO ÁCIDO DICLOROFENÓXIACÉTICO (2,4-D)

Fundamentação/Introdução

Os herbicidas ácidos são uma importante classe de pesticidas, dos quais se destaca o ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D), por sua ampla utilização em todo o mundo. A exposição intencional não ocupacional ao 2,4D resulta em hepatite aguda.

Objetivos

O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito hepático e renal da exposição crônica por via oral e inalatória ao herbicida 2,4-D.

Delineamento e Métodos

Estudo aprovado pela Comissão de Ética no Uso Animal da Instituição proponente (Protocolo 3792). Utilizaram-se 80 ratos Wistar, machos, adultos, divididos em oito grupos (n=10): GCI – animais nebulizados com água destilada; GCO – ração nebulizada com água destilada; GBCI – animais nebulizados com 3,71 x 10-3 gramas de ingrediente ativo por hectare (g.i.a/ha) de 2,4D GBCO – ração nebulizada com 3,71 x 10-3 g.i.a/ha de 2,4D; GMCI – animais nebulizados com 6,19 x 10-3 g.i.a/ha de 2,4D; GMCO – ração nebulizada com 6,19 x 10-3 g.i.a/ha de 2,4D; GACI - animais nebulizados com 9,28 x 10-3 g.i.a/ha de 2,4D. GACO - ração nebulizada com 9,28 x 10-3 g.i.a/ha de 2,4D. Os animais foram eutanasiados 6 meses após o início do experimento. Coletou-se sangue para realização da dosagem AST (aspartato aminotransferase), ALT (alanino aminotransferase), uréia e creatinina e fígado e rim para análise histopatológica.

Resultados

Não houveu alteração significativa nos níveis de ALT, uréia e creatinina. Os níveis de AST foram maiores nos animais do grupo GBCO. Os grupos expostos ao 2,4D por via oral apresentaram maior incidência de esteatose do que os animais que foram expostos por via inalatória, porém sem diferença estatística entre os grupos de exposição oral em relação à dose do herbicida. Os grupos expostos por via inalatória ao 2,4D apresentaram maior número de casos de inflamação e neste caso a incidência foi maior naqueles expostos a média e alta concentração do herbicida. Todos os animais do grupo GACI e GACO apresentaram degeneração hidrópica tubular. Os demais animais não apresentaram alterações tubulares.

Conclusões/Considerações finais

As alterações hepáticas associadas à exposição crônica ao 2,4D são dependentes da via de exposição e as alterações renais são dependentes da dose

Palavras-chave

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade do Oeste Paulista - São Paulo - Brasil

Autores

Leticia Rocha Magalhães, Daniel José Pimentel Bonfim, Fernanda de Maria Serra, Liliane Aparecida Tanus Benatti, Gisele Alborghetti Nai