Dados do Trabalho


Título

Melanoma de Coróide: Relato de Caso

Fundamentação/ Introdução

Relatar caso de Melanoma de Coróide diagnosticado devido à redução da acuidade visual.

Objetivos

Relato de caso de Melanoma de Coróide

Delineamento e Métodos

Trata-se de um relato de caso de um paciente do sexo feminino, 72 anos, aposentada, natural e procedente de São Bernardo do Campo – São Paulo, com antecedente pessoal de hipertensão arterial e hipotireoidismo.
Refere baixa acuidade visual olho esquerdo, progressiva, sem outros fatores acompanhantes, há aproximadamente 02 meses. Negava trauma, cirurgias oculares prévias.
Ao primeiro exame apresentava:
Acuidade visual sem correção:
OD: 20/30
OE: MM
Fundoscopia: OE: Hialose Asteróide, Disco óptico nítido, presença de descolamento retina seroso temporal associado a lesão hiperpigmentada.(Figuras 01 e 02)
USG: OE: Lesão sólida de aspecto homogêneo, superfície bi lobular, altura de aproximadamente 7,3 mm, base muito alargada, difícil estipular, interior de lesão com batimentos vasculares. Ângulo Kappa com ganho de 52. Extenso descolamento exsudativo de parede temporal.
Para o estadiamento foi solicitado Ressonância de Crânio e Órbitas que evidenciaram a lesão intraocular. (Figuras 03 e 04)

Resultados

Melanoma de Coróide tem uma incidência geral em torno de cinco por um milhão por ano. É o tumor intra-ocular primário maligno mais comum em adultos.
Tem como padrão de disseminação, invasão através da membrana de Bruch e do EPR, com herniação para espaço subrretiniano, geralmente crescimento em forma de domo.
Como fatores prognósticos adversos temos as características histológicas (grande número de células epitelióides), anormalidades cromossômicas, tamanho, extensão extra-escleral, localização (corpo ciliar) e recidiva local do tumor.
A apresentação dá-se por volta de 60 anos de idade. Apresenta-se assintomático, sendo detectado ao acaso em exame de rotina de fundo de olho, ou como sintomático, causando redução da acuidade visual.Em geral na fundoscopia nota-se uma massa em forma de abóbada, elevada, subrretiniana, podendo ser pigmentada ou amelanótica.

Conclusões/ Considerações Finais

Atualmente, existem dois tratamentos considerados padrão ouro: enucleação e braquiterapia. O acompanhamento é de suma importância para o diagnóstico e tratamento precoces da doença metastática.

Palavras-Chave

Referências Bibliográficas
1.Retinal and Vitreoretinal: Diseases and Surgery: Boyd, Samuel, MD.; Cortez, Rafael, MD.; Sabates, Nelson, MD.
2.Diagnostic Ophthalmology – STAGG e AMBATI – 1º edição, Volume I. Capítulo V2 – 56
3.Clinical Ophthalmology – A Systematic Approach – 7º edição. Kanski e Bowling. Chapter 12, 496 – 504

Área

Tema Livre

Autores

Hugo Tardin Fragoso Borges, Sarah Chaves, André Beckenkamp