Dados do Trabalho

Título

Baixa precisão prognóstica de mortalidade dos escores NEW2, qSOFA e TC-COVID em pacientes com COVID-19 internados em centro de terapia intensiva.

Fundamentação/Introdução

A infecção pelo Sars-CoV-2 (Síndrome respiratória aguda grave causada pelo coronavírus 2) trouxe à tona a necessidade de avaliar e monitorizar os sinais vitais dos pacientes com o diagnóstico de Covid 19. Em virtude desse quadro, são utilizados os escores NEW2, q-SOFA e TC-COVID para verificar o risco de mortalidade. Porém, os estudos realizados mostram que esses escores subestimam o risco de resultados adversos, revelando que os dados não são precisos e que necessitam de um acompanhamento mais longitudinal em pacientes admitidos em UTI COVID.

Objetivos

Avaliar os escores de gravidade NEW2, qSOFA e TC-COVID realizados na admissão do paciente em relação a mortalidade em uma unidade de terapia intensiva

Delineamento e Métodos

Foi realizado um estudo prospectivo, no período de 1º de junho a 15 de agosto de 2020, com pacientes COVID-19 internados em um hospital de referência na cidade de João Pessoa, Paraíba. A gravidade do paciente na admissão hospitalar (entrada na urgência) foi quantificada usando três escores de gravidade: o National Early Warning Score 2 (NEW2), a avaliação rápida de insuficiência de órgãos relacionada à sepse (qSOFA) e o escore de gravidade da tomografia computadorizada (TC) de tórax para COVID-19 (TC-COVID). Coletamos dados de 59 pacientes na admissão que durante o internamento foram transferidos para o CTI. Em seguida, dividimos os pacientes em dois grupos: sobreviventes (24 pacientes – 40.6%) e não sobreviventes (35 pacientes – 59.4%).

Resultados

Com relação as variáveis tomográficas, na avaliação pelo teste de Mann-Whitney, não houve diferença significativa entre as variáveis avaliadas. Escore NEWS 2 – sobreviventes (0.79 +- 0.08) e não sobreviventes (0.94 +- 0.09) (P=0.409); escore qSOFA - sobreviventes (5.66 +- 0.38) e não sobreviventes (6.00 +- 0.41) (P=0.857) e TC-COVID - sobreviventes (16.67 +- 1.16) e não sobreviventes (17.41 +- 1.12) (P=0.516).

Conclusões/Considerações finais

Conclui-se que não houve significância estatística na associação entre o grau de mortalidade a partir dos escores avaliados durante admissão no hospital. Devido à baixa precisão, avaliação de outros escores na admissão hospitalar dos pacientes críticos por COVID-19 devem ser propostos, inclusive novos escores tomográficos de lesão pulmonar.

Palavras Chave

Covid 19; Mortalidade; Escores; Prognóstico

Área

Clínica Médica