Dados do Trabalho
Título
O CANABIDIOL COMO COADJUVANTE NO TRATAMENTO DO CANCER
Fundamentação/Introdução
Clinicamente, relata-se na atual literatura que muitos pacientes portadores de câncer se beneficiam da adição de cannabis medicinal ao seu regime de dor ao tratamento que provavelmente têm efeitos analgésicos, os doentes, em sua maioria, relatam uma redução significativa da dor. Não somente do ponto de vista do paciente, mas estudos atuais vêm comprovando os efeitos supressão de tumor do canabidiol em animais como camundongos. É importante sinalizar que o paciente portador de câncer, deve ainda continuar seu tratamento convencional e que o canabidiol quando adicionado deverá ser de forma paliativa, ou seja, este atuará como tranquilizante, efeito profilático para náuseas e vômitos, além do alívio da dor que o próprio processo tumoral pode causar dependendo de sua localização e que mesmo havendo estudos sobre efeito contra células tumorais, ainda não há comprovação em seres humanos.
Objetivos
Esse trabalho gira entorno da reflexão sobre o papel do canabidiol no paciente com câncer e em sua importância para alívio de sintomas, ressaltando o efeito contra as células tumorais e seu efeito profilático para náuseas e vômitos. Paralelamente a isto, reportando-se a como o alívio da dor pode oferecer maior força ao paciente para lutar ou para apoiá-lo em um quadro sem possibilidade de cura, enfrentando com dignidade o processo de morrer.
Delineamento e Métodos
Os métodos utilizados para a presente pesquisa é, além da revisão bibliográfica, a observação clínica dos pacientes do setor de oncologia do Hospital São José do Avaí, no município de Itaperuna-RJ, que estejam em cuidados paliativos fazendo uso de antiemético e esquema medicamentoso para alívio de dor. Objetiva-se com essa pesquisa mostrar como o canabidiol pode ser um importante fator coadjuvante no tratamento de neoplasias esperançando sua ampla utilização no Brasil de maneira científica, cautelosa e profícua.
Resultados
Os estudos geralmente mostraram melhora nas medidas de dor, com uma razão de chances geral de 1,41 para melhora na dor com o uso de canabinóides em comparação com o placebo. Em modelos animais, canabinóides e opióides têm demonstrado efeitos analgésicos sinérgicos. Um estudo inicial constatou que o THC era ineficaz por si só como analgésico, mas aumentava levemente o efeito da morfina em duas das três medidas. Estudo realizado em 25 pacientes que receberam dronabinol e cannabis, no geral, 5 dos pacientes relataram uma resposta antiemética positiva, 4 pacientes preferiram cannabis fumado, 7 preferiram dronabinol e 9 não tiveram preferência. Investigação recente em 16 pacientes em uso de nabiximóis, o extrato de planta inteira administrado por via sublingual, constatou que 4,8 pulverizações diárias eram mais eficazes que o placebo em conjunto com os antiemético.
Conclusões/Considerações finais
Neste cenário, torna-se fácil entender como o canabidiol entra no contexto de cuidados paliativos, aliviando a dor do paciente e promovendo melhor qualidade de vida, seja somente para enfrentar o câncer, ou para amenizar o processo de morrer, em ambos de maneira coadjuvante.
Palavras Chave
Canabidiol. Cannabis. Cuidados paliativos. Câncer.
Área
Clínica Médica
Categoria
Área Médica
Instituições
Universidade Iguaçu - Campus V/Itaperuna - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
ANA CLAUDIA WINCLER REIS CANTARINO, GUILHERME HENRIQUE SOUTIER AGUERA , MURILO JULIANO SOUTIER AGUERA , BIANCA SILVA CARRARO DE FREITAS, ANA LAURA MIGLIORINI BERGAMINI