16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

CARDIOPATIA CONGÊNITA UNIVENTRICULAR DE DUPLA ENTRADA COM COARTAÇÃO DA AORTA, TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES VASOS E GRANDE CANAL ARTERIAL: RELATO DE CASO

Fundamentação/Introdução

Introdução: As cardiopatias congênitas (CC) são algumas das enfermidades mais prevalentes em neonatos no mundo. Segundo o Departamento de Cirurgia Cardiovascular Pediátrica da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, a prevalência de CC está entre 8-10 crianças por 1000 nascidos vivos.

Objetivos

Objetivos: Relatar à comunidade acadêmica um caso de cardiopatia congênita complexa.

Delineamento e Métodos

Descrição do caso: Paciente, sexo masculino, nascido em 06/03/2018, APGAR 8/9, pré natal completo, voltou à maternidade por icterícia fisiológica persistente, encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com cianose central. Realizado oxigenoterapia e ecocardiograma transtorácico (ECO TT) com CC grave. Agravo: cianose de extremidades, dispneia, taquicardia, sudorese fria, acidose metabólica e saturação de Hb 76%. Referenciado para hospital local de referência, em ventilação mecânica (VM) artificial e drogas vasoativas. Transportado à UTI de hospital em outro Estado. Angiotomografia de coração confirmando dupla via de entrada de ventrículo único tipo esquerdo, com vasos em transposição, coarctação de aorta importante, artérias pulmonares cruzadas e canal arterial grande e tomografia de crânio com área de isquemia em região de fronteira e hemorragia intraparenquimatosa. Com a estabilização, fez cirurgia de correção, cursou com sangramento intenso, mantido com tórax aberto. Com controle do quadro realizou toracotomia com drenagem aberta para revisão e fechamento, teve melhora clínica e alta da UTI para enfermaria. Submetido a cirurgia de Glenn, plasia valvar mitral e plasia valvar tricúspide, evoluiu com hipoxemia, infecção sistêmica e pulmonar, depois com infecção urinária.

Resultados

Descrição de caso: Com culturas negativas fez em VM na UTI, depois cateter nasal de alto fluxo. Angiotomografia analisou o Glenn para avaliação da hipoxemia e presença de fistula veno-venosa com ramificações para paravertebrais sem possibilidade de fechamento percutâneo. Extubação com hipoxemia agravada por ICC e infecção respiratória, volta da intubação e VM. Fez cirurgia de ligadura de fistula veno-venosa. ECO com fechamento de fistula. Bom estado geral, alta hospitalar, permanece em tratamento.

Conclusões/Considerações Finais

Conclusões: Conclui-se que o paciente, após inúmeras internações e procedimentos cirúrgicos, apresentou desfecho favorável, evoluindo clinicamente bem com seguimento multiprofissional e terapia em uso de furosemida 6mg 8/8 horas, enalapril 0,3mg 12/12 horas via oral escolhida.

Palavras Chave

Cardiopatias Congênitas, Coração Univentricular, Coatação Aórtica, Transposição dos Grandes Vasos, Canal Arterial

Área

Clínica Médica

Autores

HENRIQUE FAYAD PINHEIRO, GABRIEL CHAVES CHAVES, LEONARDO SÁ TABOSA, CLÁUDIO EDUARDO CORRÊA TEIXEIRA, JULIANO SOUSA BARROS