16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

ANALISE CLINICO - EPIDEMIOLOGICA DOS CASOS NOTIFICADOS DE COVID-19 NO ESTADO DO PARA - MARÇO A JUNHO DE 2020

Fundamentação/Introdução

A COVID-19, causada pelo agente SARS-CoV-2, passou a ser considerada uma pandemia em 11 de março de 2020. Os primeiros pacientes com a doença no Brasil foram diagnosticados em 26 de fevereiro. No Pará, o primeiro caso foi diagnosticado no dia 18 de março e passou a ser considerado um dos epicentros da doença, com mais de 27.000 casos confirmados no dia 25 de maio.

Objetivos

Analisar os aspectos clínicos e epidemiológico dos casos notificados de COVID-19 de 01 de março a 05 de junho de 2020 no Pará.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo observacional de corte transversal. As informações foram coletadas do banco de dados oficiais disponível pela Secretaria de Saúde do Pará. Os dados foram organizados em tabelas por meio dos programas Microsoft Office Excel e Microsoft Office Word, ambos plataforma x86 (2016), sendo analisados estatisticamente em percentuais.

Resultados

Total de 49.473 casos de COVID-19, 50,5% casos do sexo masculino e 49,5% sexo feminino; 38,48% pacientes com idade entre 20 e 39 anos e 36,47% entre 40 e 59 anos; a faixa etária de 60 a 79 anos representou 49,11% dos óbitos e, acima de 80 anos, 22,47%; febre foi observada em 69,27% dos pacientes, tosse em 65,89% e demais sintomas em 34,14%; 16,13% possuiam alguma comorbidade, sendo 6,51% cardiopatas e 5,35% diabéticos.

Conclusões/Considerações finais

A reduzida taxa de infecção feminina pode ser atribuída à proteção do cromossomo X e dos hormônios sexuais femininos, importantes na imunidade inata e adaptativa. O maior número de casos confirmados encontra-se na faixa de 20-39 anos, população economicamente ativa e com maior risco de exposição. A febre foi o sintoma mais frequente, relacionada com o aumento da secreção de citocinas pró-inflamatórias. Os óbitos foram mais pronunciados na faixa de 60-79 anos, tal fato pode ser explicado pelos receptores alvos do vírus, o CD26 e a ECA2, marcadores de superfície celular de células senescentes, além da alta produção de citocinas inflamatórias pelas células senescentes, como a IL-6. A comorbidade que mais esteve presente foi a cardiopatia 6,51%, devido à maior expressão da ECA2 nesses pacientes, incrementando o aparecimento de lesão cardíaca aguda. Dito isso, corrobora-se a necessidade de novos estudos acerca desta realidade, para que, cada vez mais, as lacunas de informação e conhecimento sejam preenchidas.

Palavras Chave

COVID-19; Doença; Comorbidades.

Área

Clínica Médica

Autores

EMMILY LIMA BORGES, DANIEL NASCIMENTO DE SOUZA, JOSÉ NATANAEL GAMA DOS SANTOS, LIDIANE ASSUNÇÃO DE VASCONCELOS , PAULO HENRIQUE MONTEIRO DA SILVA