Dados do Trabalho
Título
Reestenose de stent em paciente em uso de dupla antiagregação plaquetária - Relato de Caso
Fundamentação/Introdução
A reestenose e trombose de stent caracteriza-se por obstrução oclusiva ou suboclusiva, dentro de stent ou adjacente a ele, durante ou após intervenção coronariana percutânea (ICP).
Objetivos
Descrever a ocorrência de caso de paciente com segunda recidiva de reestenose ou trombose intra-stent farmacológico coronariano.
Delineamento e Métodos
Relato De Caso
Resultados
Paciente de 56 anos de idade, genêro feminino, portadora de Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus e tabagismo. História prévia de síndrome coronariana aguda em março de 2021, tratada por angioplastia com stent convencional em Ramo Interventricular Anterior (RIVA).
Após três meses, apresentou episódio de angina típica, onde procurou atendimento hospitalar, sendo submetida a cineangiocoronariografia, a qual evidenciou reestenose intra- stent e lesões graves na coronária circunflexa (CX). Então realizou-se angioplastia com implante de stent farmacológico no RIVA. No quinto dia após o procedimento percutâneo, em uso de dupla antiagregação plaquetária (DAPT) - clopidogrel 75mg e AAS 100 mg ao dia, apresentou novo episódio de dor torácica típica associado a Eletrocardiograma com alteração compatível com infarto agudo do miocárdio com supra de ST. Paciente encaminhada a hemodinâmica, onde observou-se oclusão do RIVA, logo antes do stent (trombose subaguda). Houve tentativa de recanalização do vaso, porém com resultado insatisfatório (observada trombose em toda RIVA). Durante o procedimento, paciente apresentou períodos de Taquicardia ventricular (TV) e Fibrilação Ventricular (FV). Realizado manobras e intubação orotraqueal. Após estabilização hemodinâmica com drogas vasoativas, iniciou-se Agrastat e encaminhada a Unidade Coronariana (UCO).
Em UCO, apresentou nova parada cardiorrespiratória em FV, feito desfibrilação com sucesso e retorno da circulação espontânea. Após 49 dias de internação, evoluiu com alta hospitalar e continuidade em ambulatório com um ecocardiograma demonstrando desempenho sistólico reduzido em grau importante com acinesia em toda região apical e fração de ejeção de 24%.
Conclusões/Considerações Finais
O caso descrito demonstra a necessidade de se aventar hipótese de reestenose ou trombose intra stent diante de paciente com dor torácica, já submetido a ICP, mesmo em uso correto de DAPT. Além de ressaltar a importância de se discutir a mudança de inibidor de ADP nesses casos, questionando a possibilidade de resistência ao clopidogrel e da droga presente no stent farmacológico.
Palavras Chave
reestenose, trombose, stent- farmacológico, stent-convencional, cineangiocoronariografia,
Área
Clínica Médica
Categoria
Área Médica
Instituições
Obra de Ação Social Hospital PIOXII de São José Dos Campos. Residência de Clínica Médica e Serviço Cardiologia. - São Paulo - Brasil
Autores
PAMELA GONÇALVES FERREIRA, MARCELO RUBENS DURVAL, JOÃO VITOR ALBUQUERQUE RIBEIRO, JULY MARTINS FIGUEIRA LANFERINI , THAYSSA MARIA VENDAS VILLALBA