Dados do Trabalho
Título
INTERFERENCIA DO DIABETES MELLITUS EM 1263 PACIENTES COM COVID-19 EM CINCO HOSPITAIS NO SUL DE MINAS GERAIS
Fundamentação/Introdução
Comorbidades pré-existentes estão relacionadas com desfechos de maior gravidade para pacientes infectados com COVID-19. O diabetes mellitus (DM) se destaca sendo a segunda doença mais comum associada ao mau prognóstico desses pacientes.
Objetivos
Correlacionar a presença de DM prévia em pacientes infectados com COVID-19 e desfechos de maior gravidade; Identificar se a presença de DM influenciou no desfecho mortes; Avaliar se o fato de ser diabético está relacionado com o tipo de internação (enfermaria ou UTI).
Delineamento e Métodos
O método utilizado foi análise observacional de prontuários de pacientes diagnosticados com Covid-19 em cinco hospitais de Minas Gerais: Santa Casa de Misericórdia de Passos; Hospital Humanitas, Hospital Regional e Hospital Bom Pastor em Varginha; e Hospital Samuel Libânio em Pouso Alegre. O critério de inclusão foi o diagnóstico de Covid-19 por teste PCR em pacientes maiores de 20 anos e que foram internados para tratamento nas referidas instituições no período de março de 2020 até 31 de outubro de 2020. Os dados colhidos foram referentes às características dos pacientes; antecedentes patológicos; e a evolução do quadro sintomático com o desfecho clínico ao final da internação.
Resultados
Os resultados encontrados descrevem as principais características dos pacientes portadores de DM internados com Covid-19, além dos principais dados associados ao tipo de internação e ao desfecho. Na análise estatística realizada para a associação entre as variáveis foi utilizado o teste do Qui-Quadrado para verificar a significância entre elas. Ao todo foram analisados 1263 pacientes internados com Covid-19, sendo que destes, 406 eram portadores de DM. A condição de DM foi significativa quando analisada junto aos desfechos, sendo que para esta condição as chances de uma evolução desfavorável, de maior gravidade como a morte (p=0,002), foram 32% que evoluíram para óbito, ou seja, 132 indivíduos. Quando analisada os tipos de internação, os dados apontam que pacientes diabéticos não possuem números discrepantes quanto a internação na enfermaria quando comparada com a internação na UTI, não sendo esta condição associada ao tipo de internação (p=0,092), 39% foram internados na UTI e 60% na enfermaria, ou seja, 160 indivíduos na UTI e 245 indivíduos na enfermaria.
Conclusões/Considerações finais
A DM estava presente em 32% dos pacientes com COVID-19 e também teve relação direta com piores desfechos, 32% evoluíram com óbito.
Palavras Chave
COVID-19; diabetes mellitus; Minas Gerais.
Área
Clínica Médica
Categoria
Área Acadêmica
Autores
RAFAELA ALVES PELIZZARO, THYAGO HENRIQUE NEVES DA SILVA FILHO, ELLYSON GUSTAVO DE OLIVEIRA VILELA, RAY BRAGA ROMERO, ALESSANDRA CRISTINA PUPIN SILVÉRIO