16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

Espondilodiscite Lombar: Uma Lombalgia de Difícil Diagnóstico

Fundamentação/Introdução

INTRODUÇÃO: Espondilodiscite é um processo inflamatório, comumente infeccioso, que atinge os discos intervertebrais e as vértebras associadas. Apesar de ser uma condição rara, representa a segunda maior causa de infecção vertebral bacteriana no mundo. O fator de risco mais bem descrito é a diabetes. Está associado também com a utilização de dispositivos geniturinários, próteses endovasculares e procedimentos invasivos na coluna. As manifestações clínicas no adulto são geralmente insidiosas e incluem principalmente, uma lombalgia constante, hipersensibilidade à palpação, limitação de movimento e febre.

Objetivos

OBJETIVOS: Relatar o caso de uma mulher com espondilodiscite lombar.

Delineamento e Métodos

DESCRIÇÃO DO CASO: M.N.B, feminina, 73 anos, branca, aposentada, diabética, hipertensa e cardiopata. Deu entrada no serviço de urgência e emergência apresentando lombalgia com irradiação para os membros inferiores, de forte intensidade, astenia e febre de 39°C. Negava sintomas genitais e urinários (disúria, hematúria, urgência miccional, odor na urina e corrimento vaginal). História de procedimento para colocação de marca passo há dois meses e com início da dor lombar há um mês, de leve intensidade e infrequente. Apresentou melhora parcial com uso de morfina. Exames laboratoriais com PCR elevado e EAS sem alterações. Tomografia computadorizada lombar com contraste (impossibilidade de Ressonância Magnética devido marca passo) mostrou presença de material com densidade de partes moles anterior ao corpo vertebral de T12-L2, bem como aumento do linfonodo em adjacência, indicando possível processo inflamatório. Paciente foi, então, diagnosticada com Espondilodiscite lombar e tratada com Teicoplanina 400 mg, intramuscular, uma vez por dia, por 6 semanas, apresentando melhora clínica e laboratorial.

Resultados

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Conclusões/Considerações Finais

CONCLUSÃO: Apesar de ser uma infecção rara, com clínica insidiosa e inespecífica, é essencial pensar na hipótese diagnóstica de espondilodiscite diante de um paciente com lombalgia. O diagnóstico deve ser estabelecido com base na suspeita clínica, nas alterações laboratoriais e radiológicas e o tratamento antibiótico empírico deve ser iniciado precocemente, a fim de evitar sequelas limitantes.

Palavras Chave

PALAVRAS-CHAVES: Espondilodiscite; Lombalgia; Infecção.

Área

Clínica Médica

Instituições

UFRN/EMCM - Rio Grande do Norte - Brasil

Autores

ANNA SANTANA PEREIRA ROLIM DE ARAUJO, MARIANNA GIL DE FARIAS MORAIS , PAULO VINÍCIUS DE SOUZA REINALDO, DEBORAH LAÍS NÓBREGA DE MEDEIROS , DIEGO HENRIQUE BRILHANTE DE MEDEIROS