Dados do Trabalho

Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS OBITOS POR SEPSE NO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 2019 A 2021.

Fundamentação/Introdução

A sepse é evento comum em pacientes críticos, sendo
definida pela presença de disfunção orgânica secundária a resposta desregulada e
exacerbada do hospedeiro frente à infecção. Em adição, é considerada a principal causa
de morte em pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Objetivos

Caracterizar
o perfil epidemiológico de óbitos por sepse no Brasil, segundo a região do país e sexo.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo do tipo
transversal utilizando dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) no
período entre maio de 2019 a 2021 do mesmo mês. A partir dos dados obtidos, foram
feitas as análises descritivas e cálculos das taxas de incidência.

Resultados

Foram
registrados 261.596 casos de internações por sepse no país, com uma mortalidade de
45,3%. As regiões com maior número de óbitos foram o Sudeste e o Nordeste com 55,7%
e 18,9%, respectivamente. Do total de casos do país, 52,1% ocorreram em indivíduos do
sexo masculino, com mortalidade de 44,5%. O total de internações do sexo feminino
representou 47,8%, com mortalidade de 46,2%. Ademais, 95,8% do total de internações
ocorreram em caráter de atendimento de urgência, nos quais 45,5% resultaram em óbito.

Conclusões/Considerações finais

No período analisado, observou-se que as regiões
Sudeste e Nordeste possuem o maior número de óbito sendo o sexo masculino mais
afetado. Além disto, quase metade das mortes ocorreram em condição de urgência. Logo,
o estudo evidenciou alta letalidade decorrente dos quadros sépticos. Dessa forma, é
imprescindível o uso, baseado em evidências, dos recursos por ora disponíveis e da forma
mais precoce possível, afim de reduzir essa taxa de letalidade e promover, assim, uma
assistência rápida e eficaz no diagnóstico e tratamento deste agravo.

Palavras Chave

Sepse; Letalidade; Urgência