16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

PREVALENCIA DE INTERAÇOES FARMACOLOGICAS CLINICAMENTE RELEVANTES ENTRE AGENTES QUIMIOTERAPICOS E PSICOTROPICOS EM PACIENTES ONCOLOGICOS ATENDIDOS EM SERVIÇO DE ONCOLOGIA NO SUL DO BRASIL

Fundamentação/Introdução

Pacientes em tratamento oncológico geralmente possuem comorbidades, sendo os transtornos psicológicos comumente observados nestes pacientes. Para o tratamento destes distúrbios psicológicos, é comum a utilização de psicofármacos, tornando estes pacientes susceptíveis a interações medicamentosas indesejadas.

Objetivos

O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de interações farmacológicas clinicamente relevantes entre agentes quimioterápicos e psicotrópicos em pacientes oncológicos atendidos em serviço de oncologia no sul do Brasil.

Delineamento e Métodos

Foi realizado um estudo epidemiológico observacional com delineamento transversal do tipo censo, entre outubro a dezembro de 2020. A população estudada foi constituída de pacientes oncológicos submetidos a tratamento quimioterápico por via intravenosa e que faziam uso de psicotrópicos.As DDI foram identificadas por meio da consulta e análise das bases de dados Medscape Drug Interaction Check e Micromedex.

Resultados

Foram incluídos no estudo 74 pacientes entre os 194 pacientes atendidos no setor de oncologia durante o período estudado. Foram encontradas 24 (32,4%) DDI, sendo 21 (87,5%) classificadas como risco major e três (12,5%) como risco moderado. De acordo com o mecanismo de ação, 19 (79,1%) foram classificadas interações farmacodinâmicas e cinco (20,9%) farmacocinéticas.

Conclusões/Considerações finais

Foi evidenciado que um percentual considerável dos pacientes submetidos a terapia quimioterápica por via intravenosa está sob risco de interação farmacológica com medicamentos psicotrópicos. Com a intenção de se evitar reações danosas advindas dessas interações, é indispensável que o oncologista considere todos os psicotrópicos e demais drogas utilizadas pelos pacientes com o intuito de evitar DDI, prescrevendo fármacos alternativos que possuam menor potencial de interação e proporcionando um melhor prognóstico ao paciente.

Palavras Chave

Antineoplásicos, Psicotrópicas, Quimioterapia, Interações Medicamentosas, Eventos Adversos

Área

Clínica Médica

Autores

ERIC DIEGO TUROSSI AMORIM, BRUNA CAMARGO, DIEGO ZAPELINI NASCIMENTO, FABIANA SCHUELTER TREVISOL