Dados do Trabalho
Título
ANALISE DO PERFIL DOS PACIENTES QUE REALIZARAM TESTAGEM SOROLOGICA NO CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO DE SANTAREM – PARA
Fundamentação/Introdução
Segundo a Organização Mundial da Saúde, ocorrem no Brasil cerca de 12 milhões de casos de infecção sexualmente transmissível (IST) ao ano. O número de casos notificados fica abaixo da estimativa da OMS, ou seja, cerca de 200 mil/ano. Tais números mostram a necessidade de intervenção, como meio de atenuar esses índices no Brasil, desta forma, uma das atividades de prevenção efetiva é a realização de testagem sorológica disponibilizados nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).
Objetivos
Análise do perfil da clientela do CTA Estadual nos atendimentos realizados entre 2015 e 2018 no município de Santarém-Pará.
Delineamento e Métodos
Trata-se de um estudo descritivo, com delineamento transversal e abordagem quantitativa, realizado por meio dos registros do CTA Estadual, Santarém-Pará, que foram atendidos no período de 2015 a 2018. A análise dos dados foi realizada por estatística descritiva, no BioEstat 5.0. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa conforme parecer: 3.648.154 CAAE 20368919.7.0000.5168.
Resultados
Durante quatro anos, de janeiro de 2015 a dezembro de 2018, foram realizadas, 5166 atendimentos, sendo a maioria do sexo feminino (70.33%), pardos (81,49%), oriundos de Santarém (93.38%) e com nível de escolaridade entre 8 a 11 anos (52.51%). A predominância de mulheres evidencia a preocupação quanto ao seu estado de saúde, valorização da prevenção, já característica do gênero, e quanto ao aumento da incidência da aids nesse grupo. A respeito do uso do preservativo com parceiro fixo, 61.40% afirmaram não fazer uso, e 72.9% dos indivíduos afirmaram não fazer uso com parceiro eventual. Essas condições são consideradas um fator de risco para o aumento da transmissibilidade de IST, uma vez que a principal via de transmissão é justamente através da relação sexual desprotegida. Entre os motivos para adoção do sexo desprotegido se tem: a segurança no companheiro; relações sexuais ao acaso; e simplesmente por não gostar. A prevalência de IST foi 5,63%, maior frequência no sexo feminino (55.84%), e o agravo mais prevalente foi sífilis (89.94%), seguido de infecção por hepatites B (5,19%) e hepatite C (4,87%).
Conclusões/Considerações finais
Traçando o perfil, é possível identificar os grupos de pessoas que não procuram os serviços de saúde e possivelmente estão mais vulneráveis. A mudança desse cenário requer além de campanhas na mídia e a conscientização sobre a prevenção, a necessidade da prática do sexo seguro, num esforço coletivo de toda a sociedade.
Palavras Chave
Perfil epidemiológico; Infecções Sexualmente Transmissíveis; Testagem Sorológica
Área
Clínica Médica
Categoria
Área Médica
Autores
ALANA CARLA SOUSA CARVALHO, TIAGO SOUSA DA COSTA, MATHEUS SALLYS OLIVEIRA SILVA, CARLOS EDUARDO AMARAL PAIVA, ADJANNY ESTELA SANTOS DE SOUZA