16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

HUMANIZAÇAO DO NASCER E SUA IMPORTANCIA NA FORMAÇAO DE PROFISSIONAIS DA SAUDE

Fundamentação/Introdução

É fato que a humanização vem ganhando espaço na assistência ao parto, uma vez que as evidências científicas mostram sua efetividade. Entretanto, o processo de humanização deve ser considerado de forma mais sólida na formação dos profissionais de saúde, pois apesar dos avanços, muito se espera ainda da sensibilização dos profissionais para a real concretização do processo de parto e nascimento pelo país.

Objetivos

Analisar a experiência que acadêmicos da área da saúde de Roraima obtiveram após a participação em um simpósio informativo sobre a humanização no parto e descrever o entendimento de alunos sobre o tema violência obstétrica;

Delineamento e Métodos

Realizou-se um estudo observacional, prospectivo, descritivo e analítico com caráter quantitativo e qualitativo. A coleta de dados se deu a partir de formulários disponibilizados online, antes e após as palestras do evento, nos dias 15 e 16 de junho de 2020. Ao início do evento foi disponibilizado um formulário pré-teste com o cunho de captar conhecimentos prévios acerca das temáticas abordadas e ao término das palestras foi aplicado um questionário como forma de avaliação de impacto.

Resultados

Trezentos e trinta e quatro estudantes participaram do estudo. Destes, 64,6% (n=215) eram acadêmicos de medicina, 34% (n=114) do curso de enfermagem e 1,4%(n=5) de fisioterapia. No formulário pré-palestra, no questionamento “O que você entende por violência obstétrica?” obteve-se definições como “O ato de violentar, seja fisicamente ou verbalmente os desejos e direitos da paciente no trabalho de parto, no pós parto ou durante o período gestacional”; “Atos psíquicos ou físicos que ocasionam a violação frente ao contexto do trabalho de parto [...]”. Além de respostas que negavam saber do que se tratava. Na segunda pergunta “Você já ouviu falar sobre violência obstétrica na faculdade?” 67,4% responderam sim, 27,2% não e 5,4% talvez.
No formulário aplicado após realizadas as palestras do evento, 88,1% dos ouvintes responderam que o evento teve extrema importância (nota 5 de 5) na sua formação acadêmica e/ou profissional. Além disso, 61,3% dos espectadores se consideram completamente preparados (nota 5 de 5) para abordarem o tema “violência obstétrica” com pacientes e/ou com a comunidade em geral. Ainda, mais da metade dos participantes, totalizando 59,6%, se sentem capazes de reconhecer uma prática de violência obstétrica, o que demonstra um aprendizado efetivo nas palestras.

Conclusões/Considerações finais

É perceptível, a multidisciplinaridade alcançada pelo estudo, o que enriquece o conhecimento dos futuros profissionais da saúde para uma melhor conduta frente a gestação, parto e puerpério. Logo, é imprescindível discutir amplamente a problemática da violência obstétrica e a importância da valorização do parto humanizado nas comunidades acadêmica e externa.

Palavras Chave

Violência Obstétrica; Parto Humanizado; Estudantes.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal de Roraima - UFRR - Roraima - Brasil

Autores

ANA CAROLINE DOS REIS DANTAS, ANA KARLA DE SOUSA BATISTA, YGARA JULIANA COSTA LIMA, ALEXANDRE SOUZA DOS SANTOS, FRANCISCO CARLOS CARNEIRO DA SILVA