16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

ASPECTOS CLINICO-EPIDEMIOLOGICOS DAS NEOPLASIAS MALIGNAS NA POPULAÇAO INFANTO-JUVENIL BRASILEIRA.

Fundamentação/Introdução

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer infanto-juvenil representa a primeira causa de mortalidade por doença entre crianças e adolescentes no Brasil. Ele difere do câncer do adulto, sobretudo, em termos histológicos e comportamentais, apresentando melhor prognóstico e resposta às terapêuticas atuais, apesar de ter um crescimento acelerado e curto período de latência. Sendo assim, é de grande valia seu estudo de forma individualizada.

Objetivos

Descrever os aspectos clínico-epidemiológicos das neoplasias malignas na população infanto-juvenil (0-19 anos) brasileira entre os anos de 2015-2020.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e retrospectivo, realizado através da base de dados DATASUS e Painel da Oncologia do Ministério da Saúde. Foram coletados dados referentes ao período de 2015 à 2020 e faixa etária dos 0 aos 19 anos. As variáveis consideradas foram: tipo de câncer, faixa etária, sexo, modalidade terapêutica e tempo de tratamento. Para tabulação e melhor visualização dos resultados foram utilizados o Microsoft Office Excel.

Resultados

No referido período, foram notificados um total de 43.254 casos de neoplasias malignas na população infanto-juvenil brasileira. Os tipos mais prevalentes foram: leucemia (10.450 casos), linfomas (5.839 casos), câncer de encéfalo (3.397 casos), câncer de ossos e cartilagens articulares (3.241 casos) e câncer de tecido conjuntivo e de outros tecidos moles (2.257 casos). As faixas etárias mais acometidas foram: 15-19 anos (32,87%) e dos 0-4 anos (25,57%). O sexo masculino foi responsável por 54,71% do total. Além disso, quanto ao tempo para início do tratamento, 25.669 doentes o iniciaram em até 30 dias, 2.827 doentes entre 31-60 dias e 5.372 doentes após 60 dias. O método terapêutico mais realizado foi a quimioterapia (50-75%).

Conclusões/Considerações finais

Determinou-se o perfil clínico-epidemiológico do câncer infanto-juvenil no Brasil. Logo, foi possível pontuar quantitativamente o tipo de câncer mais prevalecente (Leucemia), a faixa etária e sexo mais acometido (15-19 anos; sexo masculino), bem como informações quanto ao tempo para início do tratamento e os métodos terapêuticos mais realizados, dados esses fundamentais, uma vez que servem de instrumento de suporte para planejar e orientar ações de saúde, permitindo o diagnóstico precoce e o tratamento em tempo oportuno.

Palavras Chave

Câncer. Infantil. Juvenil. Epidemiologia.

Área

Clínica Médica

Instituições

UNITPAC - Tocantins - Brasil

Autores

AMIRA FRANCO HAMIDAH, BRENNO JOSÉ DE ALCÂNTARA LUZ, JAQUELINE FELEOL MENDES, ANA PAULA BRITO DE SOUSA, MARIA GORETE PEREIRA