Dados do Trabalho
Título
ANALISE DO PANORAMA DE HOSPITALIZAÇOES POR HIPOFISECTOMIA NO BRASIL NO PERIODO DE 2011 A 2020
Fundamentação/Introdução
Hipofisectomia é, muitas vezes, o tratamento de escolha para adenomas hipofisários não funcionantes ou funcionantes secretores de GH, ACTH e TSH, pois possuem bons resultados no controle das alterações endócrinas e sintomas visuais relacionados à massa tumoral.
Objetivos
Descrever dados relacionados às hospitalizações por hipofisectomia no Brasil, no período de 2011 a 2020. Variáveis analisadas: caráter de atendimento, valor médio (VM), valor total (VT), óbitos e taxa de mortalidade (TM).
Delineamento e Métodos
Estudo ecológico com dados obtidos através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
Resultados
O número total de cirurgias durante o período analisado foi de 5708, sendo o Sudeste, a região que apresentou o maior número de cirurgias, com 3.842 procedimentos, representando 67,3% do total realizado no país, seguido pelo Nordeste (850; 14,9%), Sul (611; 10,7%), Centro-Oeste (348; 6,1%) e Norte (57; 1%). 71,2% dos procedimentos foram eletivos. O ano de 2014 apresentou o maior número (n=647) de procedimentos, com o ano de 2020 apresentando o menor número de casos (n=404). Quanto ao VM por AIH, a região Norte apresentou o menor VM (R$ 4.513,12), assim como o menor VT, representando apenas 0,97% do custo total do país. Entretanto, o Nordeste apresentou o maior VM (R$ 5.195,73) e o Sudeste se destacou no VT, sendo responsável por 65,2% do custo nacional. O número total de óbitos, em todas as regiões, durante o período analisado, foi de 88, sendo que a Região Norte, em 2016, apresentou 2 óbitos em 4 internamentos. Assim, a maior TM, no período analisado, foi encontrada no Norte (3,5%), estando acima da média nacional (1,5%), e a menor, no Sul (0,98%).
Conclusões/Considerações finais
Há grande variação geográfica na distribuição dos procedimentos de hipofisectomia no Brasil, com o Sudeste responsável por mais da metade dos procedimentos e dos gastos totais nacionais, refletindo acesso desigual ao sistema de saúde. A região Norte apresentou alta TM quando comparada às outras regiões, o que pode sofrer influência tanto da população de pacientes, quanto da menor disponibilidade de serviços médicos, visto que o Norte é a região com menor VM por internação. Diante disso, mais estudos sobre o tema são necessários para o desenvolvimento de uma logística que permita uma melhor organização do SUS, em contexto nacional.
Palavras Chave
Hipofisectomia; Endocrinologia; Neuroendocrinologia
Área
Clínica Médica
Categoria
Área Acadêmica
Instituições
Centro Universitário UniFTC - Bahia - Brasil, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) - Bahia - Brasil, Universidade Federal da Bahia (UFBA) - Bahia - Brasil, Universidade Salvador (UNIFACS) - Bahia - Brasil
Autores
PAULA DOURADO SOUSA, LIS VINHÁTICO PONTES QUEIROZ, ISABELA LÔBO DUARTE, PITÁGORAS FARAH MAGALHÃES FILHO, HELTON ESTRELA RAMOS