16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

REABILITAÇAO DA DISFUNÇAO MOTORA E RESPIRATORIA POS COVID-19 INTRA-HOSPITALAR

Fundamentação/Introdução

A pandemia da doença do Coronavírus19 implica em diferentes agravos com distintos graus de comprometimento funcional.

Objetivos

Analisar a evolução da disfunção motora e respiratória dos pacientes, internados por COVID-19 (CID 10 - B97.2), reabilitados até a alta hospitalar.

Delineamento e Métodos

Estudo longitudinal prospectivo realizado nos meses de março a abril de 2021, com 343 pacientes (147 mulheres – X ̅=64,16 ± 15,61 anos e 194 homens – X ̅=62,68 ± 14,38 anos), internados em enfermaria de um hospital privado com diagnóstico anterior de COVID-19 com sintomas leves a moderados (n°= 106) e pacientes (n°= 238) que evoluíram da unidade de terapia intensiva (UTI) com sintomas de moderado a grave. O planejamento e a periodização dos exercícios motores e respiratórios eram realizados 7x na semana (duas vezes ao dia) com intensidade submáxima de 5% a 60% do V ̇O2 máx de acordo com a evolução do paciente. A avaliação da capacidade funcional, através da escala Escala de Estado Funcional (FSS) e Escala de Borg, foi realizada no início e no final das atividades. O Programa IBM® SPSS Statistics foi utilizado para avaliar correlação estatística por meio do Teste t de Student com nível de significância menor que 5%.

Resultados

O presente estudo constatou que, após a fase aguda da infecção por COVID-19, a capacidade respiratória dos pacientes era retomada precocemente em relação a disfunção motora. Os pacientes que obtiveram maior Escala de Estado Funcional (≥ 8) apresentaram menor disfunção motora e respiratória no processo da alta, sendo essa diferença significativa em relação aos pacientes que possuíam menor valor da escala FSS e escala de Borg ≥ 8 (r= 0,3095; p= 0,006). Além disso, os pacientes mais velhos (≥ 66 anos) e submetidos a maior suporte ventilatório apresentaram diferença significativa (r= 0,0658; p= 0,0143x) para um processo de deficit na reabilitação em relação aos indivíduos mais novos em ventilação espontânea. Vale destacar que 36 pacientes advindos da UTI, e que foram submetidos a ventilação mecânica, apresentaram durante o processo de reabilitação maior déficit motor e respiratório em relação aos pacientes que apresentaram sintomas leves a moderados que não necessitaram de suporte ventilatório.

Conclusões/Considerações finais

A maioria dos pacientes, após a fase aguda do processo infeccioso, apresentam até o momento da alta médica deficit motor com disfunção de equilíbrio, coordenação e resistência motora, porém a resistência cardiorrespiratória apresenta melhora as pequenos e médios esforços.

Palavras Chave

Coronavírus; Continuidade da Assistência ao Paciente.

Área

Clínica Médica

Categoria

Área Médica

Autores

JULIO CEZAR DE OLIVEIRA FILHO, DÉBORAH ESTEVES CARVALHO, KARINA PÁDUA, SILVÂNIA MATHEUS DE OLIVEIRA LEAL, ESTÉLIO HENRIQUE MARTINS DANTAS