16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇAO DA SEVERIDADE DA COVID-19 EM PACIENTES DIABETICOS EM USO DE ANTI-AGREGANTES PLAQUETARIOS E INSULINA.

Fundamentação/Introdução

Durante a pandemia de COVID-19, foram observadas diversas tentativas de correlacionar a severidade da infecção com uso de diversos fármacos, dentre esses, os usualmente utilizados em paciente com Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), como insulinas, antidiabéticos orais, anti-hipertensivos, estatinas e antiagregantes plaquetários. Dentre esses pacientes, uma parcela evolui com internação, intubação orotraqueal, processos tromboembólicos e óbito.

Objetivos

Avaliar a correlação entre severidade de COVID-19 em pacientes portadores de DM2 e a relação com os fármacos previamente utilizados.

Delineamento e Métodos

Estudo analítico, observacional, retrospectivo e transversal, o qual consistiu em entrevista dos pacientes diabéticos que apresentaram diagnóstico de COVID-19, e análise de dados clínicos e laboratoriais referentes às consultas ambulatoriais.

Resultados

Foram estudados 101 pacientes com DM2, todos dislipidêmicos, acompanhados no serviço em 2021, que tiveram COVID-19 nas formas assintomática ou leve (n=62), moderada (n=32) ou grave (n=7), confirmadas por critérios clínicos e/ou laboratoriais, sendo estratificados de acordo com o proposto pelo Ministério da saúde. Na análise, não foram encontradas diferenças significativas (p>0,05) entre a classificação clínica da COVID-19 ao serem comparadas quanto ao uso de hipoglicemiantes orais, anti-hipertensivos, estatinas ou antiagregantes plaquetários e insulina, no entanto, observou-se uma maior proporção de indivíduos sem alteração de olfato e/ou paladar entre os pacientes graves (p=0,0119), estando relacionados com um melhor prognóstico, apresentando menos internações e complicações. Considerando o desfecho óbito ou cura, observou-se que os que evoluíram para óbito eram proporcionalmente maiores entre os que realizavam a terapêutica com insulina isolada ou combinada quando comparados aos que não a utilizavam (p=0,0238), as demais drogas citadas não apresentaram diferença significativa na mortalidade.

Conclusões/Considerações finais

Fármacos anti-hipertensivos, antiagregantes plaquetários e antidiabéticos orais parecem não interferir no quadro infeccioso da COVID-19, porém a insulina mostrou-se um fator de aumento de frequência de mortalidade. Além disso, a ausência de alteração de olfato e/ou paladar estiveram relacionados com piores desfechos em pacientes diabéticos infectado.

Palavras Chave

COVID-19; Diabetes Mellitus; Insulina; Antiagregante plaquetário.

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Universitário João de Barros Barreto - Pará - Brasil

Autores

LOYANE TAMYRES COSTA LEITAO, ALAN GOES CARVALHO, MATHEUS PERINI FURLANETO, VITORIA TEIXEIRA AQUINO, JOAO SOARES FELICIO