16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

ESTUDO EPIDEMIOLOGICO SOBRE ESQUISTOSSOMOSE NO BRASIL DENTRE O PERIODO 2007-2017.

Fundamentação/Introdução

A esquistossomose é uma infecção parasitária de apresentação clínica variável, compondo desde casos assintomáticos até formas graves que podem evoluir ao óbito. Alguns hábitos de vida combinados com fatores socioeconômicos, sanitários e ambientais, viabilizam o habitat necessário para os moluscos transmissores, e estão envolvidos na prevalência desta patologia.

Objetivos

Traçar o perfil epidemiológico brasileiro dos casos confirmados e notificados de esquistossomose no período de 2007-2017, comparando a prevalência por região do país, faixa etária e sexo, além da evolução dos casos.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo quantitativo, observacional e retrospectivo, cujos dados foram obtidos a partir da plataforma DATASUS. Análises estatísticas descritivas foram aplicadas através do software Microsoft Excel 2013®️. Além disso, os resultados foram correlacionados com informações de um Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.

Resultados

Durante o período 2007-2017, foram notificados 140.416 casos confirmados de esquistossomose no Brasil, com média anual 12.765 casos. Entre 2007-2011 a média anual foi de 20.942,2 e reduziu para 5.950,8 no período de 2012-2017. Levando em conta as regiões do Brasil, o destaque fica com a região Sudeste (67,7%) seguida pela Nordeste (30,56%). As maiores notoriedades sobre a faixa etária ficam para os grupos dos 20-39 anos (40,27%), 40-59 anos (23,33%), 10-14 anos (10,73%) e dos 15-19 anos (10,47%); e o sexo masculino é responsável pela maior parte dos casos (60,32%). Já com relação à evolução dos casos, a cura foi alcançada na maior parte (61,63%) e os números de morte por esquistossomose foram baixos (0,43%).

Conclusões/Considerações finais

Observa-se que a esquistossomose acomete principalmente homens, da pré-adolescência à idade adulta, e o grande foco se concentra nas regiões Sudeste e Nordeste. Se considerarmos a média dos 5 primeiros anos e a média dos 6 anos seguintes, constata-se que a esquistossomose teve uma considerável queda na incidência. Por fim, é importante salientar a necessidade de tratar o tema com seriedade e que ainda se tem um caminho para eliminar a esquistossomose, que é uma infecção relacionada a pobreza.

Palavras Chave

Área

Clínica Médica

Autores

GABRIEL TONINI PALUDETO, BRUNO DE MATOS AQUINO, PAULO ROBERTO BIGNARDI