16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

Púrpura Trombocitopênica Imunológica no Paciente Oncológico: um Relato de Caso Clínico

Fundamentação/Introdução

Púrpura Trombocitopênica Imune (PTI) é uma doença autoimune que acomete cerca de 1,6-3,9 adultos em 100.000 por ano. Resulta na queda isolada da contagem de plaquetas, com função normal das séries vermelha e branca. Essa doença tem seu diagnóstico feito a partir da exclusão de fatores, como uso de medicamentos ou plaquetopenia secundária a outra patologia. Pode estar relacionada a doenças reumatológicas, hematológicas malignas e neoplasias sólidas.

Objetivos

Este trabalho tem como objetivo colaborar em relação ao manejo clínico e evitar complicações em pacientes com Púrpura Trombocitopênica Imune.

Delineamento e Métodos

Nosso caso discorre sobre um paciente de 85 anos, com antecedentes pessoais patológicos de hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, diabetes mellitus não insulino-dependente e carcinoma urotelial de alto grau invasivo em bexiga, sendo este ultimo diagnosticado recentemente. Nesse ano de 2021, paciente foi submetido a ressecção cirúrgica da lesão neoplásica, após realizar quimioterapia neoadjuvante. No decorrer do período que se seguiu ao tratamento, paciente evoluiu com algumas complicações cirúrgicas, como quadro de suboclusão intestinal e formação de seroma próximo de ferida operatória.
Foi durante a última internação, devido ao seroma, que paciente evoluiu com quadro de pétequias em membros, tronco e mucosa oral, além de equimose em língua, tendo sido solicitado hemograma no qual foi evidenciado plaquetopenia com contagem de 6 mil plaquetas. Na análise do esfregaço de sangue periférico, podemos ver um número extremamente reduzido de plaquetas, sem agregados plaquetários, com frequentes macroplaquetas. A partir de todos esses achados, depreendemos a hipótese de PTI. Tratamento inicial instituído com imunoglobulina por 5 dias, além de corticoterapia.
Paciente respondeu muito bem a terapêutica e no momento segue em acompanhamento ambulatorial para desmame de prednisona e investigação etiologica. Está aguardando um PET-CT, devido a possibilidade da PTI ter sido secundária a nova neoplasia ou recidiva da anterior.

Resultados

A introdução de imunoglobulina e corticoterapia foram fundamentais para o ganho plaquetário e assim evitar complicações.

Conclusões/Considerações Finais

Podemos observar que a rápida identificação da patologia com início imediato do tratamento nos proporciona evitar complicações, sendo o mais comum sangramentos.

Palavras Chave

púrpura trombocitopênica imune; plaquetopenia; hematologia

Área

Clínica Médica

Autores

ALEX HENRIQUE BRASIL BRIAO DE OLIVEIRA, LUCAS BEARZOTTI POMPEU, PEDRO PAULO LIMA PAES JUNIOR, GUSTAVO QUEIROZ DI GIUSTO, ARTHUR BRENO VICTOR DOS SANTOS