16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

ANALISE EPIDEMIOLOGICA DOS CASOS DE SEPTICEMIA DE 2010 A 2018 EM ARAGUAINA-TO, NO NORTE DO BRASIL.

Fundamentação/Introdução

A sepse é uma síndrome clínica consequente à resposta inflamatória desregulada do hospedeiro a uma infecção. No Brasil, é responsável por mais de 80.000 internações em Unidades de Terapia Intensiva ao ano e em 2010 a 2018, Araguaína foi responsável por mais de 500 internações, com elevada mortalidade (cerca de 55%) sendo uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia, além de altos custos. Seu reconhecimento precoce e manejo adequado nas primeiras horas melhoram os resultados

Objetivos

Realizar uma análise epidemiológica dos casos de sepse notificados em Araguaína-TO entre 2010 a 2018.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo realizado por meio de consulta ao DATASUS (Departamento de Informação do SUS) e TABNET, segundo as internações hospitalares por septicemia no período de 2010 a 2018 no município de Araguaína. Os dados foram selecionados conforme o número de internações, gastos com serviços hospitalares, permanência hospitalar, óbitos e taxa de mortalidade.

Resultados

A taxa de mortalidade por sepse nacional variou de 42% a 55% no período entre 2010 a 2018. A cidade de Araguaína apresentou números acima da média na maioria dos anos, sendo líder em 2017 com uma taxa de mortalidade de 80,67%, em oposição ao ano de 2012 em que teve apenas 26,09%. A média de permanência hospitalar teve mínima de 8 dias no ano de 2013, e máxima de 13,2 dias no ano de 2018, sendo os gastos hospitalares (GH) de R$ 50.576,86 e R$ 519.062,39, respectivamente. Tendo isso em vista, o ano de 2018, comparado aos outros anos, se sobressaiu tanto nos GH quanto na média de permanência hospitalar. Entretanto, apesar do maior número de óbitos ter ocorrido em 2018, foi no ano de 2017 que houve a maior taxa de mortalidade em 80,67%.

Conclusões/Considerações finais

Esse estudo mostra que mais prognósticos ruins e óbitos são despejados na população por falta de gestão eficiente, conduta profissional adequada e recursos cada vez mais insuficientes para a demanda pública. A sepse foi responsável por 98 mortes no ano de 2018 em Araguaína, sendo um sinal de alerta para a cidade. Com isso, a capacitação dos profissionais diante o manejo com a sepse, conhecimento e a execução dos protocolos preexistentes, entendimento do perfil do agente etiológico, as características do paciente, resulta em um diagnóstico precoce, preciso e com resultados positivos.

Palavras Chave

Epidemiologia; Sepse; Septicemia.

Área

Clínica Médica

Autores

AYLA CRISTINA DUARTE NEIVA, THAYS LIMA ALVES, GIOVANA ROCHA GUIDA, GUILHERME AUGUSTO BRITO BUCAR OLIVEIRA, ALESSANDRA PAZ SILVERIO