Dados do Trabalho

Título

Relato de Caso - Anomalia de Ebstein em paciente idoso em um hospital universitário da Amazônia

Fundamentação/Introdução

Introdução: A anomalia de Ebstein é uma rara malformação congênita da valva tricúspide, sobretudo em pacientes com manifestações clínicas tardias. Os principais sintomas são dispneia, cianose e arritmias cardíacas. Há aderência dos folhetos septal e posterior ao miocárdio adjacente, deslocamento apical do anel funcional da valva, dilatação da junção atrioventricular direita e dilatação e hipertrofia do ventrículo direito. Seu manejo varia conforme a deformidade morfológica e as implicâncias na funcionalidade do paciente.

Objetivos

Objetivos: Descrever o reconhecimento diagnóstico do quadro e seguimento de uma paciente idosa portadora de anomalia de Ebstein.

Delineamento e Métodos

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Resultados

Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, 69 anos, hipertensa, com história de astenia há seis meses, deu entrada em uma Unidade de Emergência (UE) com dispneia, cianose de extremidades e vertigem. Posteriormente, foi encaminhada a hospital especializado para seguimento clínico, sendo evidenciada que piora do quadro respiratório ocorreu após infecção por SARS-COV-2, quando a paciente começou a manifestar sintomas mais importantes e a depender com mais frequência de sintomáticos, idas frequentes à UE e duas internações. Ao exame, estava hipocorada, eupneica em ar ambiente, com SpO2 75%, sem sinais de desconforto respiratório e cianótica em extremidades. Apresentou hipofonese de B1, ritmo irregular, sopro holossistólico 4+/6+ em foco tricúspide e sem sinais de congestão. Exames laboratoriais apresentaram eritrocitose (Hb 21,2g/dL e Ht 60,5) e hipoxemia (PO2 66,5 e SvcO2 93%). O ecocardiograma evidenciou atrialização do ventrículo, sittus solitus em levocardia, levoposição do Apex e septo interatrial com comunicação tipo secundum com 20 mm de shunt bidirecional. Foi instituído diagnóstico de anomalia de Ebstein com comunicação interatrial e suspeita de hipoplasia de tronco pulmonar. A paciente foi submetida a desmame gradual de O2 e após 15 dias sem oxigenoterapia evoluiu com melhora funcional, ainda com dispneia aos moderados e grandes esforços. Foi encaminhada para hospital de referência cardiológica para realização de procedimento cirúrgico, com possibilidade de resolução do quadro.

Conclusões/Considerações Finais

Considerações finais: O relato demonstra a importância em estabelecer um diagnóstico precoce de morbidades como o caso relatado, onde manifestações clínicas são pouco frequentes em idosos e cuja estabelecimento terapêutico adequado pode levar a um desfecho positivo na qualidade de vida desses pacientes.

Palavras Chave

anomalia de ebstein; cardiopatia congênita; cardiologia;

Área

Clínica Médica