Dados do Trabalho

Título

Adenocarcinoma pulmonar em um paciente idoso: os desafios que o diagnóstico oncológico avançado impõem ao paciente.

Fundamentação/Introdução

Fundamentação/ Introdução

A incidência de novos casos de câncer é superior em indivíduos com mais de 65 anos, que estão entre as maiores vítimas fatais da doença, representando cerca de 70% dos casos de mortes por neoplasias malignas. De acordo com o instituto nacional do câncer (INCA, 2020), em relação à mortalidade as neoplasias de traquéia, brônquios e pulmões ocupam a primeira colocação.

Objetivos

Objetivos:
Este trabalho tem por objetivo analisar os desafios impostos frente a um diagnóstico oncológico avançado do tipo adenocarcionoma pulmonar em um paciente idoso.

Delineamento e Métodos

Delineamento / Métodos e Resultados: Descrição do caso
Paciente do sexo masculino, 86 anos, admitido em emergência de um hospital particular em Maceió-AL com queixa principal de tosse secretiva, astenia e dispnéia há uma semana. É hipertenso e diabético. Negou outras comorbidades e alergia medicamentosa. Tabagista há cerca de 50 anos. Em sua história familiar referiu histórico de câncer pulmonar em seu genitor. Os exames laboratoriais identificaram uma proteína C reativa elevada, hemograma sem leucocitose ou desvio infeccioso. O RT- PCR para covid 19 foi não reagente. Realizou tomografia de tórax que identificou um volumoso derrame pleural, linfoadenomegalia e uma formação tecidual em parede de hemitórax direito com cerca de 8 cm. A investigação terapêutica prosseguiu, tendo sido necessário uma drenagem do líquido pleural cuja análise constatou tratar-se de um transudato.

Resultados

A análise histopatológica concluiu tratar-se de um adenocarcinoma não diferenciado. A oncologia foi acionada para o caso, mas o desejo da família foi por não iniciar tratamento invasivo, sendo o paciente tratado de forma paliativa

Conclusões/Considerações Finais

Conclusão/Considerações finais:

O diagnóstico oncológico é ainda muito impactante ao paciente, seus familiares e também a equipe que o assiste. Quando falamos em neoplasia maligna no idoso isso se torna notadamente ainda mais desafiador. Para muitos o câncer na senilidade é uma sentença de finitude da vida e de sofrimento. Seria ético prevalecer à vontade da família frente à do paciente? Em nossa sociedade o idoso ainda é visto como um ator vulnerado e o processo de adoecimento vêm exacerbar ainda mais essa condição. Quando falamos em neoplasia em geriatria, há muito ainda o que avançarmos e discutirmos para que assim seja melhorado o nível de atenção prestada a essa população.

Palavras Chave

Descritores: Idoso, Neoplasia pulmonar, vulnerabilidade.

Área

Clínica Médica