Dados do Trabalho
Título
Amiloidose secundária por insuficiência renal: um relato de caso
Fundamentação/Introdução
Introdução: A amiloidose secundária (AA) é uma rara complicação de condições inflamatórias crônicas. Depósitos amiloides ocorrem em um contexto sérico supersaturado persistente de proteína amiloide A. Assim, os pacientes costumam ter complicações renais.
Objetivos
Objetivos: Neste relato, objetivou-se descrever um caso de amiloidose AA, a fim de analisar e documentar seus achados clínicos.
Delineamento e Métodos
Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, 52 anos, busca atendimento médico por dor abdominal difusa, náuseas e episódios febris. Exames laboratoriais evidenciaram leucocitose, anemia, perda de função renal, hipoalbuminemia, proteinúria, leucocitúria e bacteriúria. Ao exame físico, possuía murmúrio vesicular reduzido, sinal de Giordano positivo e edema em membros inferiores, sendo internada para acompanhamento. Com a piora renal, hipoalbuminemia e o surgimento de hipocalemia, iniciou-se o uso de corticoide por suspeitar de nefrite intersticial causada por uso abusivo de anti-inflamatório não esteroidal. A função renal continuou regredindo, com aumento da creatinina, ureia e ácido úrico, além de continuar com hipocalemia, leucocitose e hipoalbuminemia, demonstrando uma glomerulonefrite rapidamente progressiva. No 12º dia, a paciente relatou dor abdominal intensa em flanco inferior esquerdo, piorando com tosse, e no exame físico apresentou anasarca e ausência de peristaltismo.
Resultados
No 24º dia, relatou episódio de vômito de coloração amarronzada e apresentou anasarca progressiva transudativa e diurese diminuída. A paciente teve uma parada cardiorrespiratória, com ausência do pulso carotídeo, e então foi realizada ressuscitação cardiopulmonar. Iniciou-se um quadro de acidose metabólica resolvida com introdução de bicarbonato. A paciente retornou ao ritmo sinusal após 5 minutos de parada. No 26º dia, a biópsia do nódulo subcutâneo da região abdominal mostrou depósitos focais de material eosinófilo (vermelho congo positivo) compatível com amiloidose. Ela foi sedada com midazolam, fentanil e bloqueador neuromuscular, estava sem diurese, com cianose difusa, anasarca e pupilas midriáticas não reagentes, então desenvolveu choque séptico e evoluiu à óbito.
Conclusões/Considerações Finais
Conclusão: Apesar da amiloidose secundária ser uma doença rara, deve-se pensar nessa complicação quando há dano renal progressivo. Além disso, é imprescindível para o diagnóstico que o profissional tenha conhecimento médico sobre essa condição e saiba identificá-la, otimizando o tratamento e evitando sequelas ao paciente.
Palavras Chave
Palavras-chave: Amiloidose secundária; insuficiência renal.
Área
Clínica Médica
Categoria
Área Acadêmica
Instituições
Universidade Luterana do Brasil - Rio Grande do Sul - Brasil
Autores
GEORGIA SAVICKI SCHNEIDER, CAROLINA SCHEER ELY, LUZIA BULLA PAVIANI, MARCELA MENEZES TEIXEIRA