Dados do Trabalho
Título
DOENÇA DE CHAGAS NO ESTADO DO PARA: UMA VISAO EPIDEMIOLOGICA
Fundamentação/Introdução
A Doença de Chagas é uma infecção endêmica de evolução crônica causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, caracterizada como problema de saúde pública no Brasil, em especial na região amazônica, na qual a transmissão por ingestão de alimentos predomina sob a transmissão vetorial. No estado do Pará foram registradas 16.807 notificações de casos suspeitos em 130 dos 144 municípios entre os anos de 2000 e 2016.
Objetivos
Descrever a ocorrência dos casos de Doença de Chagas no estado do Pará no período de 2015 a 2019.
Delineamento e Métodos
Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa, com os dados obtidos por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), contido no DATASUS. Analisou-se a evolução dos casos de Doenças de Chagas Aguda no período de 2015 a 2019 no estado do Pará, de acordo com as seguintes variáveis: ano de notificação, sexo, faixa etária, região de saúde, modo provável de infecção e evolução da doença. Os dados foram analisados conforme estatística descritiva.
Resultados
O total de casos confirmados de Doença de Chagas Aguda foi de 1.394. Houve predomínio de casos entre indivíduos de 20 a 39 anos correspondendo a 486 (34,9%) casos confirmados. O ano 2016 registrou 321 (23%) casos, maior registro entre os anos analisados, seguido por 2018, com 295 (21%) e 2017, com 294 (21%). O sexo masculino teve 644 (46%) casos notificados, enquanto o sexo feminino 530 (38%) casos. O modo provável de infecção mais registrado foi o oral havendo 1.197 (85%) casos notificados. O segundo modo de infecção preponderante foi o Vetorial com 86 (6%) casos identificados. As três regiões de saúde com maior prevalência de casos foram a Metropolitana I, com 456 (32%); Tocantins, com 419 (30%) e Marajó II, 322 (23%). Entre os casos agudos, 1.190 (85%) obtiveram Evolução favorável e 21 (1%) evoluíram à óbito, entretanto, 182 (13%) casos têm registros Ignorados/Em Branco.
Conclusões/Considerações finais
Torna-se fundamental o direcionamento de políticas de prevenção às populações mais afetadas pela doença, bem como a realização de ações de fiscalização sanitária à possíveis fontes de contaminação oral pelo Trypanosoma cruzi. Ademais, ressalta-se a necessidade de mais estudos direcionados a compreender as particularidades da epidemiologia da Doença de Chagas no estado do Pará.
Palavras Chave
Doença de Chagas; Trypanosoma cruzi; Epidemiologia
Área
Clínica Médica
Categoria
Área Acadêmica
Instituições
Universidade do Estado do Pará - Pará - Brasil
Autores
YASMIN AZEVEDO DE SOUZA, GISELA GOMES BATISTA, ÍCARO BRENO RODRIGUES DA SILVA, LUAN MORAES FERREIRA, NÁDIA VICÊNCIA DO NASCIMENTO MARTINS