16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

UM RELATO DE CASO SOBRE A SÍFILIS CONGÊNITA E SUAS REPERCUSSÕES MATERNO-FETAIS

Fundamentação/Introdução

A sífilis congênita é uma doença infecciosa de transmissão vertical por via transplacentária. O diagnóstico baseia-se no teste sorológico – VDRL, método sorológico não treponêmico indicado para o seguimento terapêutico da gestante, do parceiro sexual e do recém-nascido, possui alta sensibilidade e é passível de titulação. Há disponível a Prova direta, que identifica a presença do Treponema Pallidum em material coletado de lesão cutâneo mucosa, placenta e cordão umbilical. Os testes específicos, integrantes da sorologia treponêmica para a confirmação de diagnóstico, porém possuem uso limitado no diagnóstico de recém-nascidos, mediante ao fato de que os anticorpos IgG maternos são transferidos passivamente através da barreira placentária.

Objetivos

Correlacionar dados bibliográficos com os encontrados no prontuário da gestante, portadora de Sífilis, acolhida no Hospital Ensino Santa Casa de Misericórdia de Fernandópolis.

Delineamento e Métodos

Paciente feminina 22 anos, gestante de 41 semanas, sem queixas. Diagnosticada com sífilis na décima semana de gestação, pelo teste rápido (reagente + 1:64), repetido com 14 semanas (reagente + 1:32), com 32 semanas (reagente + 1:16) e na 36 semana de gestação (reagente + 1:8), apesar de negar sintomas. Tratada com Benzetacil nos 3 primeiros resultados, e seu marido, apesar de não reagente. Pré-natal sem outras alterações. Antes do parto foi realizado o VDRL que deu não reagente.

Resultados

No pós-parto foi realizado no Recém-nascido Raio-X de ossos longos, teste sorológico não treponêmico, hemograma e exame de líquor, todos normais. Desta maneira o recém-nascido até o momento não apresenta alterações condizentes com a doença. Demonstrando a importância do diagnóstico precoce de sífilis gestacional visando evitar as complicações materno-fetais.

Conclusões/Considerações Finais

Entre os anos de 2010 e 2019 foi registrado 162.173 casos eram de sífilis congênita e 11.480 mortes. Portanto, o caso relatado mostra a importância de realizar o pré-natal em gestantes por meios dos testes sorológicos, principalmente o de sífilis que é um agravo evitável desde que diagnosticado e tratado precocemente, para assim evitar possíveis complicações materno-fetais. Além disso, há casos relatados de pessoas assintomáticas, sendo este o grande problema, dos mesmos transmitirem sífilis para seus filhos e com isso, surgirem as complicações materno-fetais ou até mesmo mortes fetais precoces e tardias.

Palavras Chave

Área

Clínica Médica

Instituições

USCS - São Paulo - Brasil

Autores

MARIA JULIA ZINI SITTA, CAMILA SIMARI TEIXEIRA DA SILVA, MARIA ALICE SANCHES PLAZA, RAISSA SILVA FROTA, AMANDA OLIVA SPAZIANI