16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

RELATO DE CASO SOBRE PARALISIA DE BELL

Fundamentação/Introdução

A paralisia de Bell acomete o nervo facial (7º nervos cranianos) e não possui uma etiologia bem estabelecida, apesar de a maioria dos casos ser por edema no nervo facial por doença imune ou viral. O quadro clínico baseia-se em dor retroauricular, isquemia do nervo facial e paresia que no início pode ser geral, evoluindo para parcial após 48 ou 72 horas. O exame sensorial tende a ser normal, mas podem ter alterações no meato acústico externo, salivação, gustação, lacrimejamento e hiperacusia, principalmente se a lesão nervosa for proximal.

Objetivos

O presente trabalho visa relatar um caso de paralisia de Bell, uma patologia que possui relevância, já que acomete de 20 pessoas a cada 100.000 habitantes, com incidência aumentando com a idade.

Delineamento e Métodos

Paciente G.P.B., sexo masculino, 78 anos, deu entrada à internação com provável quadro de paralisia de Bell pós gastroenterite infecciosa, apresentando hipertensão arterial sistêmica e hiperglicemia. Segundo informações colhidas, o paciente relatou ter tido mal-estar, com vômitos, tontura, rigidez de face, cegueira do olho direito, retração da boca para o lado direito, vertigem, paralisia periférica à direita, sem déficit motor e com pico hipertensivo. Ao exame físico apresentava-se em regular estado geral, desidratado, acianótico, anictérico, com paralisia facial à direita, afebril, eupneico, com desvio de rima, paralisia da pálpebra direita, abdome flácido e indolor à palpação superficial, membros inferiores livres de edema, boa aceitação da dieta proposta, eliminações fisiológicas presentes, diplopia, paresia à esquerda da face, astenia, dor em base craniana.

Resultados

No teste dos pares cranianos: 1º par não teve teste realizado; 2º par (óptico) estava alterado à direita com ausência do reflexo consensual; 3º, 4º e 6º pares mostraram assimetria palpebral com ptose à direita, no 5º par apresentava sensibilidade e motricidade diminuída à esquerda, além da mímica facial rebaixada; no 7º par apresentou fraqueza facial; no 8º par o teste de Weber deu alterado na lateralização esquerda com discinesia à direita e o teste de Rinne detectou tempo diminuído na reverberação à esquerda e ausência de condução óssea também à esquerda; sem alteração nos demais nervos cranianos.

Conclusões/Considerações Finais

Tendo o exame físico do paciente um envolvimento difuso do nervo facial. A maioria dos casos tem bom prognóstico, apenas cerca de 30% poderão apresentar complicações e a não resolução do quadro. A morbidade se eleva devido a não descoberta da etiologia, dificultando a terapêutica.

Palavras Chave

Paralisia do nervo facial, paresia, nervos cranianos.

Área

Clínica Médica

Autores

MARIA ALICE SANCHES PLAZA, MARIA JULIA ZINI SITTA, MARIANA BIAGGI, AMANDA OLIVA SPAZIANI , RAISSA SILVA FROTA