16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

PERFIL DE SENSIBILIDADE ANTIMICROBIANA A BACTERIAS GRAM-POSITIVAS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ONCOLOGICA

Fundamentação/Introdução

As Infecções de Corrente Sanguínea (ICS) estão relacionadas ao aumento nas taxas de morbidade e mortalidade dos pacientes, variando entre 40 – 60%. Os principais patógenos causadores são Staphylococcus coagulase negativa em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Objetivos

Este estudo objetiva avaliar o perfil de sensibilidade antimicrobiana a bactérias gram-positivas em UTI oncológica.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo observacional, do tipo caso-controle e de caráter quantitativo, realizado na UTI-II de um hospital de referência em oncologia do Maranhão no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2018 com pacientes oncológicos ou não, advindos das alas clínicas do hospital ou transferidos pela central de regulação de leitos do Estado com idade superior a 15 anos. Buscou-se informações de prontuários e evoluções do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, assim como o resultado de análises clínicas das hemoculturas.

Resultados

Foram analisados 515 prontuários de pacientes admitidos na UTI-II do hospital que realizaram coleta de hemoculturas. Verificou-se uma taxa média de ICS em 26% dos pacientes admitidos na UTI do hospital, sendo as infecções causadas, em sua maioria, por bactérias gram-positivas que afetam principalmente pacientes oncológicos com idade média de 60-80 anos. Estas são mais sensíveis à daptomicina (89%), linezolida (86%), rifampicina (85%), vancomicina (82%), gentamicina (53%) e clindamicina (49%), apresentando sensibilidade intermediária, principalmente, à eritromicina (56%), ao ciprofloxacino (51%), à oxacilina (50%) e ao levofloxacino (48%). Ao se analisar o perfil de sensibilidade de acordo com os grupos, verificou-se que os pacientes oncológicos possuem maior taxa de sensibilidade a todos os antimicrobianos utilizados para as bactérias gram-positivas no hospital, comparando com os não-oncológicos. A infecções nos não-oncológicos tiveram taxa de sensibilidade baixa aos antimicrobianos de primeira escolha.

Conclusões/Considerações finais

Infere-se que a administração de um regime empírico ou direcionado ao grupo de pacientes oncológicos está ocorrendo de forma racional e cautelosa no hospital, seguindo o fluxo correto do uso de antimicrobianos. É importante que cada instituição conheça seu perfil de sensibilidade antimicrobiana e oriente os profissionais dos serviços de saúde por meio de programas de gerenciamento do uso de antimicrobianos.

Palavras Chave

Bactérias gram-positivas. Perfil de sensibilidade. Unidade de terapia intensiva.

Área

Clínica Médica

Autores

LEONARDO SILVA DOS SANTOS, ISLANARA DIÓGENES URBANO SOUSA, FRANCISCA LUZIA SOARES MACIEIRA DE ARAÚJO, NIDIA RUBIA MUNIZ RAMOS SOARES, MARIA LUIZA VERAS AYREMORAES BARBOSA