Dados do Trabalho
Título
EPIDEMIOLOGIA DA COQUELUCHE NA AMAZÔNIA BRASILEIRA
Fundamentação/Introdução
INTRODUÇÃO: A coqueluche é uma doença infecciosa causada pela bactéria Bordettela pertussis, que acomete a traqueia e brônquios caracterizando-se por um quadro de tosse seca paroxística. A doença é imunoprevenível pela vacina pentavalente e tríplice bacteriana disponibilizada na rede pública de saúde e, após a introdução destas, houve considerável diminuição dos casos.
Objetivos
OBJETIVOS: Avaliar as características epidemiológicas de pacientes com diagnóstico de Coqueluche na Região Norte do Brasil.
Delineamento e Métodos
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e descritivo realizado por meio da análise de dados secundários públicos irrestritos do Sistema de Agravos de Notificação (SINAN), gerido pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. As informações coletadas abrangeram os casos de coqueluche na região norte no período de 2016 a 2020, levando em consideração as variáveis: unidade da federação, evolução, critério diagnóstico, faixa etária, sexo, raça/cor, escolaridade e zona de residência. Os dados foram tabulados e analisados por meio da estatística descritiva.
Resultados
RESULTADOS: Entre os anos de 2016 e até março de 2021 foram confirmados 357 casos de coqueluche. O estado do Amazonas foi o que mais registrou casos possuindo 135 (37%), seguido do Tocantins com 61 (17%) e do Pará com 58 (16%). Do total de casos, houve 6 (1%) mortes, no entanto apenas 2 (0,05%) decorrentes do agravo de notificação. O principal critério de confirmação diagnóstica foi o clínico. Dos pacientes registrados, 154 (43%) eram do sexo masculino e 203 (56%) do feminino. 236 (66%) pacientes de autodeclaram pardos, 59 (15%) como brancos, 30 (8%) como indígenas e apenas 2 (0,05%) como pretos. Com relação a escolaridade, 307 (85%) não frequentavam a escola. A principal faixa etária acometida foi a de menores de 1 ano com 223 (62%) pacientes, seguida da faixa entre 1 e 4 anos com 77 (21%). 292 (81%) do total de pacientes moravam na zona urbana e 57 (15%) na zona rural.
Conclusões/Considerações finais
CONCLUSÃO: Observa-se a importância de políticas públicas relacionadas ao diagnóstico – com ênfase nos critérios clínicos – combate e prevenção da coqueluche, em especial nos estados do Amazonas, Tocantins e Pará. Ademais, urge a realização de programas de incentivo à vacinação de infantes com a vacina pentavalente e tríplice bacteriana como forma de reduzir as infecções por Bordettela pertussis, principalmente entre a população urbana.
Palavras Chave
Palavras-Chave: Epidemiologia; Coqueluche; Imunização
Área
Clínica Médica
Categoria
Área Acadêmica
Instituições
Universidade do Estado do Pará - Campus XII - Pará - Brasil
Autores
WILLIAM RAFAEL DE FARIAS SILVA, NÁDIA VICÊNCIA DO NASCIMENTO MARTINS, LUCIANA INÁCIA DE SOUZA, ILGA MILLA CHAVES SILVA, VERÔNICA DOS SANTOS DA COSTA