Dados do Trabalho
Título
PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS NO ESTADO DE MINAS GERAIS, BRASIL (2002-2013)
Fundamentação/Introdução
Nos últimos 20 anos, o número de portadores de Diabetes mellitus (DM) triplicou mundialmente. Em 2019, a Federação Internacional de Diabetes relatou que 463 milhões de adultos entre 20 a 79 anos eram acometidos por essa condição, sendo 16,8 milhões no Brasil. Estima-se que portadores de DM no mundo alcancem 700 milhões em 2045, e o Brasil chegue em 26 milhões de diabéticos. Apesar dos avanços no tratamento do DM, ainda é possível notar o surgimento de algumas complicações microvasculares e macrovasculares.
Objetivos
Diante da prevalência da DM no Brasil e no mundo, o objetivo desse trabalho é caracterizar o perfil epidemiológico, fatores de risco e as principais complicações geradas em pacientes de Minas Gerais.
Delineamento e Métodos
Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo e retrospectivo baseado em dados secundários obtidos a partir da plataforma do DATASUS. Os dados foram coletados entre janeiro de 2002 e março de 2013 para o estado de Minas Gerais, conforme a disponibilidade no HIPERDIA. As variáveis obtidas foram número de notificações para DM1 e DM2 durante os anos citados, faixa etária, sexo, fatores de risco e complicações. Os dados foram demonstrados em número absoluto e frequência.
Resultados
De acordo com os dados disponíveis no DATASUS (HIPERDIA), 2012 foi o ano com maior número de notificações tanto para DM1 quanto para DM2 (16,61 e 18,35%, respectivamente). Foi possível observar que para DM1, a maior porcentagem de notificações foi feita até os 14 anos de idade, com 11,74%. Para DM2, um perfil diferente foi observado. A faixa etária mais notificada com casos desse tipo de diabetes foi entre 50 e 54 anos (14,80%). Para os fatores de risco listados no DATASUS, o sedentarismo foi o mais notificado, tanto para DM1 (31,85%) quanto para DM2 (41,19%). Em relação às complicações, para DM1, doença renal compreendeu a complicação mais notificada, com 5,87% e para DM2 o mesmo padrão foi observado com valor de 5,75%.
Conclusões/Considerações finais
Ao analisar esse estudo, é possível relatar que o sedentarismo é um dos fatores de risco mais importantes tanto para DM1 quanto para DM2. Além disso, doença renal segue como complicação mais presente em ambos os tipos de DM. Esses pontos sugerem a importância de um acompanhamento integrado e multidisciplinar dos pacientes. A atualização dos dados na plataforma também é sugerida, já que estão disponíveis apenas as notificações de 2002 até 2013, impossibilitando a realização de estudos epidemiológicos mais recentes.
Palavras Chave
“Diabetes mellitus”, “DM1”, “DM2” e “hiperdia”.
Área
Clínica Médica
Instituições
Pontifícia Universidade Católica de Goiás - Goiás - Brasil
Autores
GIOVANNA GARCIA DE OLIVEIRA, ANA LUISA MONTEIRO DOS SANTOS MARTINS, JOSE RODRIGUES DO CARMO NETO, ERICA ALVES SEVERINO, VERÔNICA APARECIDA FERREIRA