Dados do Trabalho

Título

SARNA NORUEGUESA ASSOCIADA À INFECÇÃO POR HTLV: RELATO DE CASO

Fundamentação/Introdução

A Sarna Norueguesa ou Sarna Crostosa é uma doença rara e grave que acomete a pele e que ocorre por uma infestação de Sarcoptes scabiei variação hominis. Apresenta-se clinicamente como lesões crostosas, espessas e acinzentadas; podendo acometer diversas regiões como: o couro cabeludo, as palmas das mãos e a região plantar. Se torna um desafio diagnóstico por acometer pacientes imunocomprometidos.

Objetivos

Discutir um caso de sarna norueguesa associado à infecção por HTL.

Delineamento e Métodos

Discutir um caso de Sarna Norueguesa em paciente idosa, revisando seus aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos, clínicos, diagnósticos e terapêuticos.

Resultados

WBS, 72 anos, previamente hígida, cursando há cerca de 3 semanas com hipoatividade e sonolência. A paciente já cursava com diminuição da força de membros inferiores há cerca de 2 meses, de forma progressiva, até a parada completa na deambulação há 01 mês. Associado ao quadro foi notado, há 04 meses, lesões cutâneas descamativas pruriginosas disseminadas em pele nas regiões do abdome, coxas e dorso. Sem outras queixas associadas. Na admissão, encontrava-se torporosa, hipoativa e com flutuação do sensório. A pele apresentava lesões pápulocrostosas, descamativas e disseminadas, principalmente em abdome inferior e região de coxas. Tomografia do crânio e estudo do líquor não apresentaram alterações relevantes. As sorologias de HCV e HIV 1 e 2 apresentaram resultado negativo, enquanto que os exames de detecção de HTLV I e II foram identificados como positivos. Foi realizado o exame de imunofenotipagem de sangue periférico que através do seu resultado descartou a possibilidade da doença linfoproliferativa, mas confirmou a presença de eosinofilia absoluta. Ao realizar a biópsia de pele em sítios distintos foram constatadas lesões compatíveis com a Escabiose Norueguesa grave em região de abdome e dermatite crônica na coxa direita. Foi iniciado um tratamento de ivermectina na concentração de 12 mg/dia, por 3 dias. Durante o período de observação foi verificada a melhora no aspecto das lesões. A paciente apresentou melhora importante das lesões após tratamento.

Conclusões/Considerações Finais

A paciente recebeu o diagnóstico de Sarna Norueguesa, condição rara, mas que pode ocorrer em pacientes idosos imunocomprometidos. A biópsia de pele e o estudo anatmopatologico foram fundamentais para definir o diagnóstico.