16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE NEOPLASIA MALIGNA DE PANCREAS NO BRASIL AO LONGO DE UMA DECADA (2010-2020)

Fundamentação/Introdução

Os tumores de pâncreas mais prevalentes são do tipo adenocarcinoma, correspondendo a 90% dos casos diagnosticados. Por ser de difícil detecção e rastreamento, apresenta alta taxa de mortalidade.

Objetivos

Caracterizar o perfil dos portadores de neoplasia maligna de Pâncreas no Brasil entre janeiro de 2010 e dezembro de 2020.

Delineamento e Métodos

O estudo trata de um perfil epidemiológico de caráter descritivo, quantitativo, transversal dos anos de 2010 a 2020, acerca das internações hospitalares decorrentes de neoplasia de pâncreas utilizando a base de dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). Foram selecionadas variáveis, como sexo, cor e raça, faixa etária, tempo médio de permanência hospitalar, média de óbitos, caráter de atendimento, bem como a distribuição dos casos por regiões do país.

Resultados

Durante o período analisado, registraram-se 98.280 internações, sendo a região Sudeste, 49,8%; Sul, 26%; Nordeste, 15,2%; Centro-Oeste, 6,1% e Norte com 2,9%, destaca-se a discreta predominância do sexo masculino com 49.649 pacientes. Notou-se a prevalência da população Branca, com 49,2%, seguida pela população parda, 28%. No que se refere à faixa etária, verificou-se a superioridade entre 60-80 anos, com 60,5%. Em se tratando do tempo de permanência em unidades hospitalares, revela-se redução do período de internação, em 2010, a média nacional estava em 9,4 dias, em 2020, 6,4 dias. Toma-se nota o destaque da região Sul, abaixo da média nacional, 5,7 dias, contudo, deve-se ressalta a região Norte, com o resultado inferior as demais regiões, 8,4 dias. Os números visualizados mostram a hegemonia do caráter de urgência de atendimento, responsável por 72% dos atendimentos. Por fim, é fulcral analisar a mortalidade, a qual se mostrou elevada, totalizando 25% de óbitos da quantidade total de pacientes internados, sendo importante mencionar a região Sudeste, liderando com 50,5% dos óbitos, seguido de Sul, 25,4%, Nordeste, 13,5%, Centro-Oeste, 6,1% e Norte com 3,4%.

Conclusões/Considerações finais

A importância da análise do perfil dá-se pela dificuldade da detecção e rastreamento da doença. Ademais, o maior tempo de internação na região Norte pode indicar precariedade no serviço, como também a ineficiência no processo territorialização. Assim, investir em mecanismos de rastreamento e detecção precoces da doença são fundamentais para reduzir as altas taxas de mortalidade e elevar as chances de cura dos pacientes.

Palavras Chave

Epidemiologia; Neoplasias pancreáticas; Indicadores de Morbimortalidade

Área

Clínica Médica

Autores

ALANA CARLA SOUSA CARVALHO, MATHEUS DA SILVEIRA MAIA, BIANCA RODRIGUES DO NASCIMENTO, LUCAS AGUIAR DE SOUSA, ANA EMÍLIA GOMES MACEDO