16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA RECORRENTE IDIOPÁTICA: UM RELATO DE CASO

Fundamentação/Introdução

A paralisia facial periférica recorrente é relacionada à disfunção parcial ou total do VII nervo craniano, observando o intervalo de tempo do evento inicial e seus consecutivos aparecimentos.

Objetivos

Relatar um caso de paralisia facial recorrente com aumento das crises nos últimos 5 anos.

Delineamento e Métodos

Estudo observacional do tipo relato de caso.

Resultados

R.D.S., masculino, 30 anos, episódio de paralisia facial periférica à direita em 2015 e um em 2017, dois episódios em 2019 com intervalo de 30 dias entre eles, dois episódios em 2020, sendo o último em dezembro de 2020. Classificado como grau ll na Escala de House-Brackmann. Fez uso de corticoterapia e aciclovir durante todos os quadros, obtendo boa resposta.
Ressonância magnética de crânio em 2019, laudo normal.
Refere que a paralisia desencadeia-se por estresse, privação de sono ou excesso de trabalho. Nega dor, tontura, vertigem, cefaleia, não há vesículas próximas ao ouvido ou que se formem na pele. Sem presença de edema de face e lingual. Relata zumbido no lado direito previamente ao início da paralisia. Não faz uso de medicamentos de rotina. Sem histórico familiar relacionado.
Ao exame físico, oroscopia e otoscopia sem particularidades. Ausência de lesões de pele, descartando-se hanseníase. Solicitado Ressonância Magnética de ouvido, Tomografia de ouvido, exames de sangue e sorologia, perfil reumatológico, novo exame de audição, audiometria do tronco cerebral. Orientados medicamentos, caso haja crises.
Retorno com sorologia IgG citomegalovírus, varicela zoster e herpes simples positivo. Ressonância magnética de crânio e ouvido normais. Tomografia de mastoide normal. Exame de audiometria dentro da normalidade, porém com reflexos ipsi e contralateral ausentes. Perfil reumatológico e demais exames normais.
Logo, há uma possível paralisia facial periférica idiopática ou causada pelo vírus herpes, uma vez que sorologia IgG é reativa para o vírus, e IgM foi dosada em longo período após a última crise.

Conclusões/Considerações Finais

Nota-se a importância da anamnese, exames físicos e complementares abrangentes e completos, para investigação, descartando possíveis causas. Assim, indicando tratamento mais adequado para sua etiologia. Além da apresentação precoce e da frequência em que ocorrem as crises, possibilitando maior adesão e encurtamento do período de recuperação, conforme terapia.

Palavras Chave

Paralisia Facial; Doenças do Nervo Facial.

Área

Clínica Médica

Autores

DANIELA SILVA KAMINSKI, MARIA IZABELA DE GIACOMETTI COSTA, FILIPE TRENTO BÚRIGO