16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

O DESAFIO NA CONDUÇÃO DE UM CASO DE PÊNFIGO VULGAR EM UM CONTEXTO DE INFECÇÃO PELO SARS-COV-2

Fundamentação/Introdução

pênfigos são doenças bolhosas autoimunes, raras, de evolução crônica, potencialmente fatal. O tratamento deve ser feito com o uso de imunossupressores. A COVID-19 é uma síndrome infecciosa pulmonar causada pelo novo coronavírus 2019 e dentre os fatores de risco de mortalidade destaca-se a imunossupressão. Obje vo: evidenciar os desafios na conduta do pênfigo vulgar em um contexto de pandemia da COVID-19.

Objetivos

Relatar um caso que evidencia os desafios na conduta do pênfigo vulgar em um contexto de pandemia da COVID-19.

Delineamento e Métodos

Relato de caso

Resultados

paciente de 64 anos, sexo feminino, foi encaminhada ao Hospital Escola Álvaro Alvim em Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, para investigação de lesões bolhosas distribuídas por todo o corpo com sinais de infecção secundária associada. Feito diagnóstico histopatológico de pênfigo vulgar e tratamento com corticoide e antibióticos sistêmicos. Durante internação hospitalar, a paciente foi infectada pelo SARS-CoV-2 evoluindo com gravidade, necessitando inclusive de suporte intensivo. Porém, apesar das medidas de tratamento, evoluiu a óbito. Discussão: no contexto de pandemia da COVID-19, o tratamento do pênfigo vulgar moderado-grave representa um desafio para os dermatologistas, já que o uso de drogas imunossupressoras é um fator de risco importante para a infecção e gravidade da doença causada por este vírus. Conclusão: apesar do uso de corticoides no tratamento de um caso de pênfigo vulgar moderado-grave ter sido realizado com cautela, a paciente evoluiu com quadro infeccioso pelo SARS-CoV-2 que culminou em óbito.

Conclusões/Considerações Finais

Seguindo o princípio “primum non nocere”, optou-se por adiar ao máximo o uso de drogas imunossupressoras. Porém com o surgimento de novas lesões e com a evolução para síndrome respiratória aguda grave, a dose de corticoide precisou ser aumentada, sendo realizada inclusive pulsoterapia. Apesar do controle da dermatose, o desfecho foi desfavorável, com evolução a óbito. O presente trabalho se torna relevante até que experiência suficiente com pacientes imunossuprimidos e também infectados pelo SARSCoV-2 esteja disponível para melhor orientar a tomada de decisão terapêutica. Vale ainda ressaltar a importância da adesão aos princípios básicos de prevenção de infecções, como a lavagem adequada das mãos e o uso dos equipamentos de proteção individual tanto pelos profissionais de saúde quanto pelos acompanhantes dos pacientes internados em enfermaria.

Palavras Chave

pênfigo, imunossupressão, COVID19.

Área

Clínica Médica

Autores

GUSTAVO DE CASTRO ASSED BASTOS MANHAES