16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇAO DOS EFEITOS DA PANDEMIA DO NOVO CORONAVIRUS (SARS-COV-2) SOBRE AS MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA ENTRE ALUNOS DE MEDICINA

Fundamentação/Introdução

Fundamentação/Introdução: O surgimento de uma nova infecção viral de rápida disseminação causadora da síndrome da angústia respiratória aguda grave, descrita originalmente em Wuhan, China por volta de dezembro de 2019 e posteriormente denominada Coronavirus Disease-19 (COVID-19), gerou impactos significativos na educação médica. Nesse sentido, as medidas de biossegurança, como o uso de máscaras faciais, mostraram-se essenciais para o controle das infecções, tanto entre a população geral, quanto entre profissionais e acadêmicos da área da saúde, que estão expostos inexoravelmente durante suas atividades curriculares.

Objetivos

Objetivos: Avaliar as repercussões da pandemia do novo Coronavírus sobre os hábitos de biossegurança de alunos do curso de Medicina de uma Universidade Federal.

Delineamento e Métodos

Delineamento/Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo de caráter qualitativo conduzido entre janeiro de 2021 e março de 2021 para avaliar os hábitos em biossegurança de uma amostra de estudantes (n=107) de graduação em Medicina da Universidade Federal do Pará (UFPA). A coleta de dados do presente estudo foi realizada por meio de questionário fechado com questões objetivas de múltipla escolha acerca do padrão de hábitos de biossegurança em saúde do aluno, antes da declaração de pandemia e após o retorno das atividades presenciais.

Resultados

Resultados: 53,3% dos participantes eram do sexo masculino, 24,3% dos participantes cursavam o 9º período, 23,4% cursavam o 10º período, 35,5% cursavam o 11º período e 16,8% cursavam o 12º período. A medida de biossegurança que obteve maior alteração foi o uso de máscaras faciais: Inicialmente, apenas 12,1% dos participantes relataram usar antes e após o retorno das atividades presenciais, 86,9% relataram sempre usar máscaras faciais. O uso de luvas aumentou: apenas 4,7% dos estudantes relataram usar frequentemente antes da pandemia e, após o retorno 44,9% relataram fazer uso de luvas frequentemente ao contato com pacientes. Em medidas comportamentais, uma das maiores mudanças ocorreu em “manter a distância mínima de um metro”: antes o percentil dos pesquisados que não (nunca) mantinham essa norma era de 70,1%; após o contexto de pandemia, esse valor diminuiu para 1,9%. Semelhantemente, antes da pandemia 55,1% dos indivíduos não se atentavam para “evitar tocar superfícies próximas ao paciente, como mobiliário e equipamentos para a saúde”; o que decaiu para 3,7%.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais: Sendo assim, os impactos da pandemia foram positivos sobre as medidas de biossegurança entre os estudantes de medicina, de modo que, boas práticas foram implementadas por este público para evitar a disseminação de doenças infecciosas, como a COVID-19. Ademais, com a perpetuação de tais medidas entre os acadêmicos e futuros médicos, estudos posteriores poderão avaliar o impacto dessas medidas na comunidade.

Palavras Chave

Biossegurança, COVID-19, estudantes de medicina.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal do Pará - Pará - Brasil

Autores

VITOR MAUES LOPES, RAIMUNDO THIAGO TAVARES MACIEL, FELIPE DE OLIVEIRA FROES, EDUARDO DE PINHO DOMINGUES, GABRIEL PACHECO RYMSZA