16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

ARTRITE REUMATOIDE E LINFONODOMEGALIA: A IMPORTÂNCIA DA BIÓPSIA.

Fundamentação/Introdução

INTRODUÇÃO
O aumento de gânglios linfáticos na Artrite Reumatóide (AR) pode ocorrer por diversos motivos, como: mononucleose, infecções pelo HIV, tuberculose (TB) e linfomas. Saber como abordar tais pacientes e em quais situações se deve realizar biópsia são aspectos fundamentais para um melhor desfecho desses casos.

Objetivos

OBJETIVOS
Relatar o caso de paciente com AR e linfonodomegalia, cuja biópsia foi fundamental para o correto diagnóstico.

Delineamento e Métodos

DESCRIÇÃO DO CASO
Mulher de 45 anos iniciou em março de 2020 com quadro de linfonodomegalia cervical e supraclavicular bilateral, sem sinais inflamatórios e inicialmente indolores, com linfonodos de até 2 a 3 cm de diâmetro. Negava tosse ou perda de peso. Possuía histórico de TB Pulmonar tratada 2011, além de AR desde os 14 anos, tendo feito uso corticoterapia, metotrexato, leflunomida e, mais recentemente, estava em uso de Tocilizumabe. A investigação inicial não foi conclusiva, demonstrando apenas anemia de doença crônica, sorologias para toxocaríase, herpes vírus 6, hepatite B e C, assim como HIV e HTLV, negativas. A sorologia para toxoplasmose e para parvovírus B19 foi IgG positiva e IgM negativa. A VHS foi de 2 mm/h. Como não havia disponibilidade imediata de biopsia de gânglios e o PPD realizado era forte reator, na vigência do quadro clínico e uso de medicação biológica, além de tomografia de tórax demonstrando área de vidro fosco em segmento superior do lobo inferior direito e linfonodomegalia mediastinal e em retroperitôneo, optou-se pelo tratamento empírico para TB (RHZE) enquanto aguardava-se a biopsia.

Resultados

Após 1 mês de esquema para TB, o quadro clínico permanecia sem melhora evidente, acrescentando-se a queixa de dor ao nível dos linfonodos aumentados e o aparecimento de linfonodomegalia inguinal, bilateral. Neste momento foi realizada a biopsia excisional de linfonodos cervicais, sendo mantido o esquema para TB enquanto aguardava-se o resultado. Após cerca de mais 1 mês de evolução, a paciente recebeu o resultado do histopatológico, demonstrando Linfoma não-Hodgkin de Grandes Células, sendo então suspenso o esquema RHZE e a paciente encaminhada para o hematologista.

Conclusões/Considerações Finais

CONSIDERAÇÕES FINAIS
É fundamental que o clínico esteja atento à abordagem do paciente com linfonodomegalia, considerando as indicações de biopsia, em especial quando há o acometimento de linfonodos supraclaviculares, assim como, considerando o contexto clínico, como no caso em questão, onde a ocorrência de Linfomas é maior do que na população geral.

Palavras Chave

PALAVRAS-CHAVE
Artrite reumatóide; biópsia; linfonodo; linfonodomegalia

Área

Clínica Médica

Instituições

UFPA - Pará - Brasil

Autores

RODRIGO BARROS FONSECA, LIANE GABY GAIA, RAFAEL REIS DO ESPIRÍTO SANTOS, RITA CATARINA MEDEIROS SOUSA, CEZAR AUGUSTO MUNIZ CALDAS