16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

PRESENÇA DE ANSIEDADE E USO DE ANSIOLITICOS ENTRE ESTUDANTES DE UMA FACULDADE DE MEDICINA DO ESTADO DE SAO PAULO

Fundamentação/Introdução

Os hábitos e comportamentos dos alunos de medicina tem sido estudados no Brasil e em diversas partes do mundo. Estes estudantes apresentam maior nível de ansiedade quando comparados a outras áreas devido a presença de mais fatores desencadeadores como contato com sofrimento humano e medo de errar, sendo as taxas mais altas deste sentimento encontradas no início da graduação, no primeiro e segundo períodos.

Objetivos

Verificar a presença de ansiedade e uso de medicação ansiolítica entre alunos de uma faculdade de medicina do estado de São Paulo; identificar o período do curso considerado maior causador desse transtorno e investigar a pratica de atividades físicas e lazer e sua relação com a diminuição deste sentimento.

Delineamento e Métodos

Foi realizado um estudo observacional, transversal e descritivo, de abordagem quantitativa, em uma escola particular de medicina, localizada no interior do estado de São Paulo, no período de fevereiro de 2020 a junho 2021, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos da Plataforma Brasil, sob o número, CAAE: 32650820.4.0000.5103, seguindo todas as normas de sigilo e confiabilidade.

Resultados

Foram aplicados 420 questionários para estudantes de medicina do 1° ao 7° período, dos quais 263 foram respondidos; desse total, 59% dos alunos se consideraram ansiosos. Entre os 77 participantes do gênero masculinos, 22% referiram ansiedade após ingresso na faculdade e 40 % dos 186 participantes do gênero feminino se perceberam da mesma forma. Maior ansiedade foi verificada no 1° (32%) e 2° período (23%). Do total de 263 alunos, 25% realizam algum tipo de tratamento para ansiedade, 14% já realizaram e abandonaram o tratamento e 9% tiveram alta após a cura. Dos alunos que fazem tratamento para ansiedade, 21% utilizam ansiolítico ou antidepressivo;11% já utilizou e abandonou o tratamento e 6% parou a utilização após a alta. Diminuição de ansiedade com terapia ou outro tratamento não medicamentoso foi de 85%. Foi possível constatar que 66% do público masculino e 51% do público feminino praticam atividades físicas e 74% dos homens e 62% das mulheres realizam atividades de lazer como forma de alívio de ansiedade.

Conclusões/Considerações finais

A presença de ansiedade foi verificada e significativa entre os estudantes de uma faculdade de medicina do estado de São Paulo. O grupo de estudantes que utilizou ansiolíticos foi menor do que o grupo que não utilizou e a diferença foi estatisticamente significante. Os semestres causadores de maior nível de ansiedade foram os 1° e 2° períodos. A porcentagem de alunos que apresentou melhora e bem estar com terapia ou tratamento não medicamentoso foi significativa e maior do que a dos que referiram melhora com tratamento medicamentoso. Estudantes de medicina do gênero masculino praticaram mais atividades físicas regulares e de lazer e se consideraram menos ansiosos quando comparados a estudantes do gênero feminino, porém esta diferença não foi significativa.

Palavras Chave

Ansiedade; Estudantes de medicina; Saúde Mental; Ansiolíticos.

Área

Clínica Médica

Categoria

Área Acadêmica

Autores

DEBORA MATOS MACHADO, LARA AMARAL VAQUELI, ALESSANDRA LOURENTI RIBEIRO, ALESSANDRA LOURENTI RIBEIRO, RINALDO HENRIQUE AGUILAR-DA-SILVA , RINALDO HENRIQUE AGUILAR-DA-SILVA , PATRÍCIA MONTEIRO RIBEIRO, PATRÍCIA MONTEIRO RIBEIRO