16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

EPILEPSIA NA INFANCIA: QUAIS SAO OS TEMAS CORRELATOS E METODOS DE ESTUDOS QUE TEM ATRAIDO DOS PESQUISADORES?

Fundamentação/Introdução

A palavra “epilepsia” tem origem grega e significa “surpresa”, considerando que de forma súbita e inesperada ocorrem as crises (ALVARES, 2010). É causada pela disfunção temporária e reversível da funcionalidade do cérebro, e se apresenta como episódios (convulsivos ou não-convulsivos) recorrentes, espontâneos e breves (SILVA; CAVALHEIRO, 2004). Portanto, trata-se de uma doença neurológica crônica, embora também seja conceituada na literatura médica como uma síndrome (MOREIRA-GÓIS, 2004).
A epilepsia ocorre no cérebro de maneira focal ou generalizada, podendo ter etiologia conhecida ou não (BERG et al., 2010). É diagnosticada clinicamente, com base na frequência das crises, bem como no histórico pessoal e familiar. No entanto, o eletroencefalograma é um exame essencial para identificar crises e padrões epiléticos, auxiliando na assertividade do tratamento farmacológico (considerado o mais convencional) e no prognóstico (FISHER et al., 2005), além dos exames complementares de neuroimagem.
Há maior prevalência em adolescentes e infantes, sendo que as crianças menores de um ano de idade apresentam risco especial em função das crises que podem atingir incidência de 5/1.000 nascidos vivos no período neonatal (LIBERALESSO, 2007). Nos primeiros anos de vida se relaciona à prematuridade e à hipóxia ao nascer, assim, a assistência adequada no prénatal, parto e pós-parto evitam danos cerebrais com consequente epilepsia (JATOBÁ et al., 2019).
Por ser comumente apresentada na infância, esta patologia possui relevância clínica e morbidade preocupante (CARVALHO et al., 2021), considerando que o problema envolve fatores orgânicos, psicológicos, sociais e educacionais (MAIA et al., 2004). Portanto, a epilepsia apresenta muitos nuances que precisam ser considerados para que o controle da doença seja efetivo e eficaz, entendendo que a visão holística do infante é imprescindível para o sucesso terapêutico, o que justifica o interesse no desenvolvimento do trabalho que se apresenta.

Objetivos

Verificar publicações científicas sobre a epilepsia na infância com base na pergunta: Quais são os temas correlatos e métodos de estudos que têm atraído dos pesquisadores?

Delineamento e Métodos

Este estudo tem característica exploratória e trata-se de uma breve revisão narrativa da literatura. Utilizou-se o meio eletrônico como fonte para a pesquisa na base de dados Google Acadêmico, tendo como critério de inclusão o termo exato “epilepsia na infância”, o idioma português e data de publicação entre os anos 2020 e 2021.
Considerando que o intervalo comumente utilizado de cinco de publicação resultou em um número alto de artigos para análise, uma vez que o tema de pesquisa eleito é abrangente, reconhece-se que a estreiteza do período (menos de 2 anos) foi uma limitação para a realização de uma pesquisa mais substancial. No entanto, foi suficiente para atingir o objetivo proposto.
Como critério de exclusão levou-se em consideração o fato do texto não estar no formato artigo. Portanto, teses, dissertações, livros impressos ou digitais (e-book), e matérias não acadêmicas em geral - que oportunamente surgem na base de dados eleita - foram refutados.

Resultados

A busca resultou em 20 publicações, conforme estratégia aplicada e, após a leitura do título e/ou do resumo dos textos foram excluídos 4 destes por se apresentarem em formatos diversos, e 9 por não tratarem a epilepsia na infância como tema central. Sendo assim, 7 (sete) artigos foram selecionados para compor este trabalho.
Da seleção de artigos: 3 se referem à epidemiologia - sendo 1 nos casos de internação hospitalar, doenças não infecciosas e mal epilético; 1 aborda o tratamento com canabioide; 1 remonta à visão atualizada sobre o tema (epilepsia na infância); 1 demonstrou a construção de um protocolo de atendimento à crise; 1 discorreu sobre as síndromes eletroclínicas.

Conclusões/Considerações finais

Pelo fato da epilepsia ser uma patologia (ou síndrome) evidenciada frequentemente na infância, acarretando problemas no desenvolvimento biopsicossocial da criança e com possíveis projeções na vida adulta, foram encontrados trabalhos das mais variadas naturezas correlacionais que apresentaram metodologias de pesquisas diferenciadas.
Desta fora, foi possível verificar que as vertentes do problema epilético no infante estão em constante atenção, como deve ser, pois são as investigações científicas que trazem para o universo da medicina novas fatos e novos olhares para que haja mais aprimoramento no cuidar.

Palavras Chave

Epilepsia na infância. Crise epilética. Convulsões. Neurologia pediatria.

Área

Clínica Médica

Instituições

FAMINAS-BH - Minas Gerais - Brasil

Autores

JHONAS GERALDO PEIXOTO FLAUZINO