16º Congresso Brasileiro de Clínica Médica

Dados do Trabalho


Título

Um diagnóstico diferencial na espondilodiscite por Stahphylococcus aureus

Fundamentação/Introdução

A doença de Pott afeta mais comumente as regiões torácica inferior e lombar superior.A progressão da infecção causa a destruição do corpo vertebral, desmielinização focal dos tratos ascendentes e descendentes, porém pode preservar o disco intervertebral

Objetivos

O objetivo deste trabalho é demostrar como o diagnóstico de doença de Pott ainda é relevante, a natureza indolente pode levar a diagnóstico tardio e atraso no tratamento com sequelas permanentes

Delineamento e Métodos

Mulher, 47 anos, negra, hipertensa, diabética e renal dialítica relata lombalgia baixa, persistente, irradiando para flancos, sem fatores desencadeantes, agravada pela deambulação e lateralização do tronco e atenuada com uso de analgésicos, associada a febre de 39 - 40º C e emagrecimento não intencional de 13 Kg há 4 meses. Refere febre intermitente e diária. Negou calafrios, sudorese noturna, tosse, hiporexia e traumas. Negou alterações do trato gastrointestinal. TC de coluna lombar 08/2020 mostrou sinal sugestivo de espondilodiscite em T10 -T11 e hemoculturas persistentemente negativas, porém foi decidido ambulatorialmente tratamento empírico com vancomicina por 3 meses, resultando na melhora da febre. Entretanto, houve piora da dor, incapacidade para deambular e marcha antálgica. A TC redução da amplitude dos forames T10-T11, pedículos íntegros, articulações interapofisárias sem alterações significativas. O exame de eletroforese de proteína foi normal. O PPD foi 23 mm. A biópsia percutânea revelou um teste rápido molecular positivo para Tuberculose, fechando o diagnóstico.

Resultados

A paciente iniciou esquema RIPE, e após duas semanas com uso de colete de Potti conseguiu sentar.

Conclusões/Considerações Finais

Os critérios clínicos, laboratoriais, epidemiológicos são fundamentais para o raciocínio clínico e diagnóstico da doença de Pott, que apesar de antiga na sociedade, possui alta prevalência e erros no diagnóstico.

Palavras Chave

espondilodiscite, Doença de Pott

Área

Clínica Médica

Autores

MARIA ISABEL GUARÇONI MIGUEIS, JULIANA FONSECA MARCELINO QUERES, JULIA MORAES LOPES RIBEIRO