Dados do Trabalho
Título
O AUMENTO DE CASOS CONFIRMADOS DE COQUELUCHE NO NORTE E NORDESTE ASSOCIADO À EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Fundamentação/Introdução
Coqueluche é uma doença respiratória infecciosa aguda, altamente contagiosa e importante causa de morbimortalidade infantil, causada pela bactéria gram-negativa Bordetella pertussis. A vacinação incompleta em crianças tem aumentado a probabilidade de adoecimento em indivíduos dessa faixa etária, o que se relaciona ao número insuficiente de doses recebidas, revelando a escassez de esclarecimentos acerca das campanhas de vacinação no Brasil.
Objetivos
Identificar e analisar os riscos da recusa vacinal durante o desenvolvimento de crianças em virtude do aumento de casos confirmados e relatar a importância de novas políticas de educação em saúde.
Delineamento e Métodos
Estudo epidemiológico, analítico, quantitativo sobre os casos confirmados de coqueluche na infância nos estados Norte (N) e Nordeste (NE), realizado no período 2016 a 2019, a partir da plataforma DATASUS, relacionando esse perfil epidemiológico com a política de não vacinação.
Resultados
Em 2016 observou-se um total de 192 casos de Coqueluche no Brasil, sendo as regiões N e NE de forma respectiva, a 10% e a 22%. Em 2017, houveram 299 casos no país, tendo o N 6,7% e o NE 21,7%. Em 2018 ocorreram 379 casos confirmados, 4,7% se referiam ao N e 33,5% ao NE. Por fim, em 2019 obtiveram-se 284 casos totais, pertencendo 4,8% ao N e 50% ao NE. A cobertura vacinal para essa patologia e outras nesse mesmo período de tempo consistiu em: Pentavalente que em 2016 imunizou 83,99% da demanda, em 2017 79,05%, em 2018 84,43% e em 2019 69,48%; a DTP em 2016 atendeu 2,7% da demanda, em 2017 58,8%, em 2018 57,1% da demanda e em 2019 46,52%; a Tríplice bacteriana em 2016 vacinou 63,62%, em 2017 69,38%, em 2018 68,89%, em 2019 55,03%. No total de indivíduos imunizados nos estados N e NE, verificou-se uma taxa de variação vacinal de 40,6% em 2016, de 69% em 2017, de 69,8% em 2018 e de 56,82% em 2019.
Conclusões/Considerações finais
Há um aumento de casos confirmados em crianças com coqueluche de 1 a 4 anos no NE entre 2018 a 2019, de 33,5% para 50,5% dos casos confirmados nesses respectivos anos. Devido uma inconstante variação na taxa de cobertura vacinal para a coqueluche, não há uma segurança no que se refere aos aumentos de casos confirmados que acontecem nesses estados. Portanto, para que seja possível relacionar a recusa vacinal ao aumento do número de casos de coqueluche na fase de desenvolvimento em crianças, é preciso que haja um registro completo dos dados de cobertura vacinal.
Palavras Chave
Coqueluche; não-vacinação; infância
Área
Clínica Médica
Categoria
Área Acadêmica
Autores
MATHEUS BRITO VIEIRA, BEATRIZ DE MOURA MOREIRA, KAREN ABRANTES COURA